A desistência do tratamento do VIH/SIDA atingiu 20% de doentes nos últimos cinco anos em Moçambique, informou hoje o Conselho Nacional de Combate à SIDA (CNCS), agência do Governo moçambicano de luta contra a doença.

Segundo o secretário adjunto do CNCS, Diogo Milagre, citado pelo Notícias, diário de maior circulação em Moçambique, o abandono do tratamento pelos doentes é normalmente causado pela longa distância entre a residência do paciente e a unidade sanitária capacitada para o tratamento. “Um dos problemas que contribui para o abandono do tratamento por parte das pessoas infetadas é a distância do local onde residem ao centro de saúde. Há regiões em que os pacientes levam um dia inteiro só para chegarem a um posto médico onde possam receber o tratamento”, afirmou Milagre.

Para inverter a situação, adiantou o secretário adjunto do CNCS, o Plano Estratégico de Combate ao HIV/SIDA 2015/19 prevê o aumento do número de unidades sanitárias apetrechadas para o tratamento anti-retroviral. A estratégia defende igualmente a mobilização dos líderes comunitários para a sensibilização da população para a prevenção da doença e adesão ao tratamento anti-retroviral. Dados oficiais indicam que 11,5% da população moçambicana com idade entre 15 e 49 anos está infetada pelo VIH/SIDA.

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