Os croatas votam este domingo numa eleição presidencial, com o chefe de Estado cessante Ivo Josipovic bem colocado para ser reconduzido e quando a ex-república jugoslava, e membro mais recente da UE, se confronta com uma séria crise económica.

Quatro candidatos confrontam-se neste escrutínio, com as sondagens a colocarem o presidente cessante na primeira posição. Candidato do Partido social-democrata (SDP), jurista de formação e compositor de música clássica, deverá enfrentar na segunda volta, marcada para 11 de janeiro, a candidata do campo conservador, Kolinda Grabar Kitarovic, ex-chefe da diplomacia croata (2003-2008).

Josipovic, 57 anos, foi eleito em 2010 para um mandato de cinco anos e uma sondagem recente concede-lhe 46,5% dos votos, contra 34,9% para a sua rival. Na Croácia, o presidente possui poderes limitados, assumindo o comando supremo das Forças Armadas e gerindo com o governo a política externa.

Apesar de garantirem pouca influência nos assuntos correntes do Estado os dois candidatos prometeram, durante uma campanha eleitoral pouco mobilizadora, promover medidas destinadas à recuperação económica.

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Num dos momentos mais intensos dos debates, Grabar Kitarovic, 47 anos e candidata da Comunidade Democrática Crosta (HDZ, oposição de direita) não poupou críticas ao seu rival por não ter conseguido que o governo, também dominado pelos sociais-democratas, impulsionasse a economia.

A dirigente conservadora foi embaixadora do seu país nos Estados Unidos, antes de ser designada em 2011 adjunta do secretário-geral da NATO e responsável pelas relações públicas.

A Croácia (4,2 milhões de habitantes) está em recessão quase permanente desde 2008, e a dívida pública representa quase 80% do PIB. A sua adesão à União Europeia (UE) em 2013 não ajudou a ex-república jugoslava a ultrapassar o marasmo económico.

De acordo com as previsões, o PIB deverá recuar de novo em 2014, enquanto a taxa de desemprego atinge os 20% e um em cada dois jovens está sem emprego.