A Austrália lidera a operação de busca pelo voo MH370, que depois de partir a 08 de março de Kuala Lumpur, com destino a Pequim, desapareceu dos radares, com 239 pessoas a bordo.

“Penso que seria um grande erro equiparar o que sucedeu aqui com o MH370”, afirmou Abbott, em declarações à emissora de rádio 2GB, de Sydney, comentando o caso do Airbus da companhia de baixo custo AirAsia que desapareceu no domingo, com 162 pessoas a bordo.

Para o primeiro-ministro australiano, o desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines figura como “um dos maiores mistérios dos nossos tempos”, enquanto no caso do aparelho da AirAsia “não parece haver qualquer mistério em particular”.

Segundo defendeu, no caso mais atual, “trata-se de um avião que fazia uma rota regular, em horário regular, que foi atingido pelo que parece ter sido um estado de tempo terrível e caiu. Mas este não é um mistério como o do desaparecimento do MH370 nem uma atrocidade como a do abate do MH17”.

O voo MH17, também da Malaysia Airlines, foi abatido por um míssil a 17 de julho na região do leste da Ucrânia, provocando a morte de todas as 298 pessoas que seguiam a bordo, entre as quais 38 australianos.

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Já o MH370 ter-se-á despenhado no Oceano Índico ao largo da costa oeste da Austrália, depois de se desviar da rota por motivos desconhecidos e de voar durante várias horas sobre águas remotas.

Intensas buscas por mar, terra e ar foram encetadas, mas, até ao momento, não existe qualquer pista sobre o paradeiro do avião.

Tony Abbott afirmou ainda acreditar que especialistas da aviação vão encontrar formas mais eficazes de detetar aviões na sequência dos casos ocorridos este ano. Isto a fim de garantir que “simplesmente não perdemos aviões”, realçou.

O chefe de Governo disse também que a Austrália estará disponível para ajudar as autoridades indonésias nas buscas pelo avião da AirAsia, que seguia rumo a Singapura depois de ter descolado da cidade indonésia de Surabaia, quando desapareceu dos radares.

Um aparelho AP-3C Orion da Força Aérea australiana juntou-se hoje às operações de busca pelo Airbus da transportadora de baixo custo AirAsia.