O Índice das Cidades Verdes organizado pela Siemens comparou oito parâmetros – qualidade do ar, energia ou edifícios são algumas das áreas avaliadas – em 120 cidades por todo o mundo. A comparação é só a nível regional devido à dificuldade de comparar estatísticas em países tão diferentes, mas nas cidades que se destacaram, o índice conclui que é importante que os governos centrais deem mais poderes à administração local, dizendo que as cidades com melhor desempenho são aquelas cujas metas excedem as dos governos nacionais a nível ecológico.

Os oito parâmetros avaliados para comparar as cidades a nível regional foram a qualidade do ar, energia, níveis de CO2, governance ecológica, água, resíduos e utilização de solos, transportes e edifícios. Lisboa ficou no 18º lugar entre as 30 cidades europeias avaliadas e o ponto onde se destaca mais é a utilização da energia, onde consegue o melhor lugar. Já no que diz respeito a transporte, qualidade do ar e água, a cidade fica para trás, sendo um dos seus maiores problemas a reduzida capacidade da administração local aplicar medida.

A nível europeu, as cidades nórdicas estão na liderança entre as cerca de 30 avaliadas, mas Copenhaga destaca-se por ser a melhor em sete dos oito itens. O objetivo da cidade é não fazer quaisquer emissões de Co2 em 2025 e 10% dessa redução vem de novas construções e renovação de projetos que vão baixar essas emissões. Sobre transportes, o índice calculou que todos os residentes da cidade vivem em média a 350 metros de um meio de transporte público. Ainda na Europa, o índice chama a atenção para a cidade de Vilnius, na Lituânia, a cidade europeia de Leste mais bem colocada.

No Brasil, Curitiba sobressai não só no país, mas também na região. A cidade está a avaliar a absorção das emissões de CO2 através dos seus espaços verdes, aderiu às faixas de estrada só para autocarros e está a dotar cada vez mais ruas apenas para peões. Para além disto, desde 1989 que a cidade implementou um ambicioso projeto de reciclagem. Outra cidade que se destaca na América Latina é Bogotá, onde os transportes públicos têm melhorado a cidade.

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Já na Ásia, Singapura destaca-se das restantes cidade por apostar na renovação das águas e transformar lixo em energia, investindo também no seu sistema de transportes. Até 2020 Singapura quer reciclar 65% dos resíduos que produz. Este relatório chama a atenção para as cidades chinesas, que apesar de preocuparem os ambientalistas devido ao seu rápido crescimento, têm pouco desperdício de água e estão a construir redes de transporte sólidas.

Na América do Norte o prémio de cidade mais verde vai para São Francisco, que implementou uma taxa para as empresas com mais de 20 empregados de modo a compensar as despesas com trânsito ou financiar os transportes públicos. Os maiores edifícios são ainda obrigados a uma inspeção energética de cinco em cinco anos. Vancouver teve direito a uma menção honrosa já que pretende plantar 150 mil novas árvores até 2020.

Por último, em África, as cidade sul-africanas como a Cidade do Cabo, Joanesburgo e Durban merecem destaque nesta análise. A Cidade do Cabo tem um plano alargado para travar as alterações climáticas e é louvada por proteger as zonas verdes, em vez de deixar que a expansão urbana continue.