Os delegados ao XV Congresso Regional do PSD/Madeira aprovaram este sábado, por unanimidade e aclamação, alterações aos estatutos do partido que fixam a possibilidade de eleição de minorias para os diversos órgãos do partido.

Entre as alterações estatutárias figura a aplicação do método de Hondt (proporcional) ao Conselho Regional, ao Conselho de Jurisdição e à Mesa.

“Onde antes tínhamos unicidade, passaremos a ter proporcionalidade”, explicou o advogado e membro da Comissão Política Regional hoje eleita João Paulo Marques.

“Quando no passado as listas menos votadas eram esquecidas, hoje serão acolhidas e representadas. É este o partido que queremos – forte mas eclético e com pensamento plural”, acrescentou.

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Das alterações consta ainda a criação do Gabinete de Estudos e Relações Externas “como sinal de que os partidos não podem aparecer de eleição em eleição, mas têm de ser produtores constantes de conhecimento e de soluções para os cidadãos”.

No que diz respeito à descentralização do partido, o número de militantes ao Conselho Regional será aumentado e o da Comissão Política e do Secretariado diminuído.

Ainda nesta matéria, foi aprovado reavivar as Comissões Políticas Concelhias, “como reconhecimento de que as melhores decisões são tomadas por quem está mais próximo das populações”.

“Por fim, cumprindo com a nossa palavra, com o nosso compromisso com os militantes e com os madeirenses, propomos uma limitação ao exercício de cargos partidários após 12 anos consecutivos de funções”, afirmou João Paulo Marques.

O XV Congresso Regional, realizado no Funchal, confirmou a liderança do PSD/Madeira por Miguel Albuquerque, que assim sucede Alberto João Jardim, presidente durante 40 anos.

O Congresso tem sido marcado por declarações de apoio dos delegados ao novo líder, tendo inclusivamente sido aprovada, por unanimidade, uma proposta que permite ao futuro Conselho Regional fazer novas alterações aos estatutos.