O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional considerou neste sábado que a criação do Centro de Estudos do Mar, em Mira, entre aquele município e a Universidade de Coimbra, vai permitir aprofundar a valorização do oceano enquanto ativo económico. “A grande aposta que o país tem para o futuro para promover o emprego, o crescimento, a coesão social e territorial é a competitividade da nossa economia. E essa competitividade tem de partir da valorização dos recursos que existem no território”, disse Miguel Poiares Maduro aos jornalistas, numa visita àquele município do distrito de Coimbra. Segundo o governante, “nesta região, o mar é, seguramente, o recurso mais importante”, mas para o valorizar tem de lhe ser associado “conhecimento”.

O protocolo para a criação do Centro de Estudos Mar, no âmbito de uma parceria entre o município de Mira e a Universidade de Coimbra, foi assinado esta manhã, na incubadora do Beira Atlântico Parque, que esteve abandonada nos últimos três anos, numa sessão presidida pelo ministro Poiares Maduro, na qual participou também o secretário de Estado Mar, Manuel Pinto Abreu. “O Centro de Estudos é uma aposta que junta conhecimento à realidade do território e reflete uma aposta de promover a transferência de conhecimento científico para a economia”, sublinhou o governante.

O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, salientou que as investigações vão incidir na proteção da orla costeira, ameaçada devido ao aquecimento global, e na aquacultura, mas alertou que os resultados em centros deste género demoram algum tempo até aparecerem. “Não há milagres, o que é sólido demora tempo”, frisou o académico.

O presidente da Câmara de Mira, Raúl Almeida, adiantou que, em março ou abril, os investigadores devem começar a trabalhar no Centro de Estudos do Mar, devendo iniciar os trabalhos com o estudo sobre a arte xávega, “que é muito importante para a economia local”.

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