Após o ataque ao jornal Charlie Hebdo, onde morreram 12 pessoas, o Museu Nacional da Imprensa, no Porto, pediu a cartoonistas de todo o mundo que pegassem na caneta e homenageassem o jornal satírico francês. As respostas chegaram de todo o mundo e os mais de 200 cartoons já podem ser vistos, numa galeria virtual.

“Je suis Charlie” é o nome da galeria que foi inaugurada no Museu Virtual do Cartoon, disponível no site do Museu Nacional da Imprensa. Nesta exposição gratuita e à distância de um clique podem ver-se trabalhos de Ares, Angél Bolígan, Diego Herrera, Constantin Sunnerberg, entre muitos outros, provenientes de países como Cuba, Austrália, Bélgica, China, Estados Unidos, Grécia, Índia, Irão, Moçambique, Palestina, Sérvia, Tailândia e Turquia.

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Ao mesmo tempo, mas no espaço do museu situado junto à marina do Freixo vai estar patente, até ao fim do mês de março, a exposição “Charlie-Wolinski”, cujo lema é “humor com humor se paga”. Os trabalhos homenageiam todos os jornalistas mortos no massacre de Paris, mas o centro das atenções é Georges Wolinski, que era presidente do júri do PortoCartoon desde 2004. O público pode ver centenas de números do jornal Charlie Hebdo, bem como alguns originais de Wolinski, que em 2005 participou no lançamento do Museu Virtual do Cartoon.

Georges Wolinski recebeu do museu, em junho de 2014, o título de 1º Cidadão Honorário do Porto-Capital do Cartoon. Em 2008, o famoso cartunista francês participou na proclamação internacional do Porto como Capital do Cartoon feita em dez línguas diferentes, junto de uma peça escultórica de Siza Vieira.

A par destas iniciativas, o Museu Nacional da Imprensa está a promover também uma campanha escolar denominada “Humor sim, ódio não” para que, nas escolas de todos os níveis de ensino, se debatam os temas da liberdade e da tolerância.

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