“O que aconteceu aqui faz lembrar Chernobyl”. As palavras são de Vladimir Fortov, presidente da Academia de Ciências Russa, depois do incêndio que destruiu mais de um milhão de documentos da biblioteca do Instituto Académico de Informação Científica de Ciências Sociais em Moscovo. As causas ainda não foram apuradas, mas as autoridades russas acreditam num “curto-circuito”.

“Aqui estão documentos impossíveis de encontrar noutro lado. Todas as ciências sociais usam esta biblioteca”, conta Vladimir Fortov. Na biblioteca do INION (Institute of Scientific Information on Social Sciences), fundada em 1918, estão mais de 14 milhões de livros, entre documentos do século XVI, textos raros em línguas eslavas, documentos da Liga das Nações, da UNESCO e documentos parlamentares de 1789 dos EUA, entre outros.

O incêndio começou na noite de sexta-feira e só terminou na tarde de sábado. No total, foram atingidos 2000 metros quadrados no terceiro piso do edifício. O “Chernobyl cultural” resultou na destruição de 15% da coleção da biblioteca, incluindo documentos do Reino Unido, Itália e EUA, avança o Guardian. Ainda assim, os livros que ficaram danificados pela água ainda se podem salvar “graças à tecnologia”, acredita Yuri Pivovarov, diretor do Instituto Académico de Informação Científica de Ciências Sociais.

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