De um lado, há demonstrações de força, do outro lado, de fraqueza, mas com esperança num apoio internacional. O conflito na Ucrânia anda mais longe das primeiras páginas nos media internacionais, mas os últimos desenvolvimentos são alarmantes. O dirigente dos separatistas, Alexandre Zakhartchenko, anunciou que espera mobilizar cerca de 100 mil homens nos próximos dias para combater as forças de Kiev e, do outro lado, os EUA ponderam fornecer armamento ao Exército ucraniano.

Segundo o New York Times, fontes da administração norte-americana já defendem a entrega de armas defensivas e de outro equipamento. Uma posição inicialmente assumida pelo comandante da NATO, Philip Breedlove. A intenção ainda não é assumida pelos americanos de forma oficial, mas de acordo com o jornal, a administração Obama está a olhar para esta possibilidade sobretudo depois das dificuldades do Exército ucraniano nas últimas semanas. O jornal dá ainda conta da mudança de posição da conselheira de Obama, Susan Rice, que está disposta a reconsiderar a posição que tem assumido contra a possibilidade de os Estados Unidos fornecerem armas aos ucranianos por temerem a resposta do líder russo, Vladimir Putin.

O timing desta notícia é também de salientar uma vez que acontece nas vésperas de uma visita de John Kerry a Kiev, depois do fracasso das negociações de paz que tiveram lugar no fim de semana e de mais um conflito sangrento que causou a morte de 50 pessoas entre militares e civis.

Mas surge também como possível resposta à mais recente novidade do outro lado da barricada. Os separatistas pró-russos de Donetsk declararam que vão mobilizar cem mil homens para combater em Kiev. “A mobilização geral decorrerá na república popular de Donetsk dentro de dez dias, prevendo-se a mobilização de até 100.000 homens”, afirmou Alexandre Zakhartchenko, citado pela agência oficial separatista DAN.

A intenção dos rebeldes tem sido anunciada nas últimas semanas. Os separatistas querem lançar ofensivas nas regiões de Donetsk e de Lugansk, onde algum território é controlado pelas autoridades oficiais ucranianas.

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