Os Estados Unidos (EUA) confirmaram esta terça-feira a morte da norte-americana Kayla Mueller, que o Estado Islâmico (EI) mantinha como refém na Síria. A morte desta assistente social foi anunciada na sexta-feira pelo grupo, que acusou os ataques aéreos da coligação internacional liderada pelos EUA de atingirem um edifício onde Mueller se encontrava.

A Casa Branca confirmou a morte depois de o EI ter enviado uma mensagem privada à família de Kayla Mueller. Os pais divulgaram uma carta escrita pela filha enquanto esta se encontrava presa. Na carta, Mueller tentou consolar a família. “Sei que gostariam que eu fosse forte. É exatamente isso que estou a fazer”, lê-se.

O presidente Barack Obama disse que Mueller representa “o melhor da América”, acrescentando: “Ela foi nos tirada, mas o seu legado permanece, inspirando todos aqueles que lutam pelo que é justo e bom”. Num comunicado, Obama prometeu que os EUA vão condenar os terroristas responsáveis pelo rapto e pela morte de Kayla Mueller.

Esta era a última refém norte-americana presa pelo Estado Islâmico e cujo rapto era conhecido pelas autoridades. Nem a família nem a Casa Branca sabem as circunstâncias da sua morte.

Na sexta-feira, o Estado Islâmico responsabilizou a força aérea jordana pela morte de Mueller, não apresentando, no entanto, provas. O EI divulgou fotos do edifício que terá sido atingido, mas não mostrou imagens da refém, Kayla Mueller, limitando-se a indicar, num comunicado, o seu número de telefone e outras informações pessoais. A Jordânia desmentiu a acusação.

Kayla Mueller mudou-se para a Turquia em 2012 para trabalhar numa organização humanitária na fronteira com a Síria que ajuda as vítimas da violência da guerra civil neste país. Em 2013, incorporou a equipa dos Médicos Sem Fronteiras espanhóis em Aleppo, onde foi raptada. A sua identidade não tinha sido ainda divulgada a pedido da família e do FBI. A família de Mueller recebeu um e-mail do Estado Islâmico com um pedido de resgate no valor de milhões de euros e a ameaça de morte caso o resgate não fosse pago.

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