Petro Poroshenko já esteve reunido com os líderes dos 28 no Conselho Europeu desta quinta-feira e mostrou apreensão quanto ao cumprimento do acordo estabelecido com a Rússia, em Minsk. Já Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, disse na conferência de imprensa conjunta com o líder ucraniano em Bruxelas que o verdadeiro teste será “um cessar-fogo” no terreno, já que o primeiro acordo de Minsk não foi cumprido e é preciso ter “cautela” na transformação das palavras em atos.

“Vamos continuar unidos, tanto em alturas em que é preciso uma resposta rápida e forte, tanto quando é preciso ajudar a reconstruir a Ucrânia”, disse Tusk em Bruxelas.

A conferência de imprensa aconteceu depois de Poroshenko se ter reunido com os líderes europeus em Bruxelas. O presidente ucraniano admitiu que a maratona de negociações na Bielorrússia foi difícil, mas que espera que o processo de implementação deste novo plano também seja “difícil”.

Na conclusão do acordo de cessar-fogo, alcançado esta manhã, Angela Merkel disse que “os atos têm de corresponder às palavras”, apesar de considerar que este acordo é uma “luz de esperança”. O Conselho Europeu vai prosseguir e deverá acabar antes da meia-noite em Bruxelas. São esperadas conclusões conjuntas dos 28 sobre a situação na Ucrânia.

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As declarações à chegada

Donald Tusk diz ter falado um pouco com Angela Merkel, depois da reunião em que a chanceler alemã participou em conjunto com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, o presidente russo, Vladimir Putin, e, ainda, o chefe do Estado francês, François Hollande. Após esse telefonema, Donald Tusk diz-se “esperançoso” mas também “cauteloso”, alertando para o risco de o cessar-fogo, que começa à meia-noite de domingo, poder não ser respeitado no terreno.

Também Angela Merkel já comentou, à entrada na reunião em Bruxelas, a questão da Ucrânia, que salienta ser “o tópico em discussão na reunião de hoje”. A chanceler alemã diz que o acordo de cessar-fogo é “uma luz de esperança”. Agora, diz a alemã, “os atos têm de corresponder às palavras”.

Além de Tusk e de Merkel, também Jean-Claude Juncker, o presidente da Comissão Europeia, comentou o acordo e disse que são “notícias excelentes“. Visão um pouco diferente tem o primeiro-ministro da Finlândia, Alexander Stubb, que diz que este acordo é um “acordo ou vai ou racha“.

A crise na Ucrânia é um dos três pontos em discussão nesta reunião do Conselho Europeu que começa algumas horas mais tarde precisamente porque se arrastaram por longas horas as negociações em Minsk, a capital da Bielorrússia.

Merkel deixa aviso de sanções

A chanceller alemã alertou que a União Europeia aplicará mais sanções caso não seja cumprido o acordo de Minsk estabelecido entre os líderes da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França para pôr fim às hostilidades na Ucrânia.

Merkel explicou que os líderes decidiram que haverá sanções alargadas se não for respeitado o cessar-fogo que entra em vigor a 16 de fevereiro, assim como outros pontos que constam do acordo estabelecido em Minsk, adianta a agência Efe.

Caso o acordo seja violado, Merkel admitiu que terão que ser “tomar mais medidas”, disse