O primeiro-ministro felicitou este sábado o patriarca de Lisboa pela sua investidura como cardeal da Igreja Católica, classificando Manuel Clemente como um “pastor de grande envergadura moral e espiritual”.

Numa nota enviada à agência Lusa, o gabinete do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considera a criação do novo cardeal de Lisboa como “uma enorme alegria e como “um gesto com elevado significado para o país”. O chefe de Governo lembrou o “contributo que o país sempre espera da Igreja Católica para o seu desenvolvimento social e cívico”.

Passos Coelho classificou ainda como “uma excelente notícia” a designação do bispo de Santiago, Arlindo Gomes Furtado, como novo cardeal de Cabo Verde, comentando que significa “mais um reflexo da abertura da Igreja a uma maior diversidade geográfica no seu colégio de cardeais”.

O patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, foi hoje investido cardeal pouco depois das 10:30, hora de Lisboa, numa cerimónia na Basílica de São Pedro, no Vaticano, presidida pelo papa Francisco.

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Manuel Clemente, que desde quinta-feira participa em Roma numa reunião do Colégio de Cardeais para debater a reforma do governo da Igreja, é um dos 20 novos cardeais [15 eleitores e cinco não eleitores] anunciados pelo papa Francisco em janeiro.

À cerimónia de investidura está a ser testemunhada por três membros do Governo e cerca de 300 portugueses que se deslocaram a Roma.

O patriarca de Lisboa passa, a partir de hoje, a colaborar mais diretamente com o papa e a poder participar em futuras escolhas do líder da Igreja Católica.

Juntamente com Manuel Clemente serão também investidos o bispo Arlindo Gomes Furtado, de Cabo Verde, país que pela primeira vez tem um cardeal, e Júlio Duarte Langa, bispo emérito de Xai-Xai, Moçambique, que por ter mais de 80 anos são terá capacidade eleitoral.

O Estado português está representado na cerimónia pelo vice primeiro-ministro, Paulo Portas, pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete e pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.

Antes de atribuir o barrete cardinalício e o anel, o papa Francisco pediu aos novos cardeais da Igreja Católica para terem “um forte sentido de justiça” e instou-os a praticarem a caridade, alertando para os perigos da inveja e do orgulho.