Procuradores da justiça suíça anunciaram esta quarta-feira a abertura de uma investigação criminal à sucursal do HSBC naquele país, na sequência das informações vindas a público no caso SwissLeaks. De acordo com várias agências de informação, as autoridades helvéticas fizeram buscas já esta manhã na sede do banco, em Genebra.

“O Ministério Público anuncia que, face às recentes revelações públicas relativas ao banco HSBC Private Bank, abriu um procedimento penal contra o banco” por branqueamento de capitais”, pode ler-se num comunicado emitido esta quarta-feira.

A 9 de fevereiro, dezenas de meios de comunicação do mundo inteiro (Guardian, BBC, Le Monde e muitos outros) denunciaram aquilo que é agora conhecido como SwissLeaks: um esquema usado pelo HSBC na Suíça para ajudar os seus clientes mais ricos a fugir aos impostos, ao mesmo tempo que pactuava com as atividades terroristas de alguns deles.

O HSBC é alvo de processos judiciais em pelo menos três países: França, Bélgica e Suíça, sempre com acusações de lavagem de dinheiro maciça. Entre os clientes do HSBC suíço encontram-se muitas figuras públicas, mas também negociantes de armamento, que o banco terá ajudado a fugir aos impostos e a esconder o dinheiro que tinham nas suas contas.

Entre os clientes do HSBC helvético encontram-se também 220 portugueses, entre particulares e empresas. A três deles já se conhece o nome, mas a grande maioria permanece sem ser identificada. A Autoridade Tributária e Aduaneira já pediu às autoridades francesas a lista total dos clientes portugueses.

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