O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, considerou esta terça-feira, em Bruxelas, que Portugal está a prosseguir “o caminho das reformas” e de uma “política orçamental prudente”, estando em marcha uma “retoma gradual da economia portuguesa”.

Num debate com os eurodeputados da comissão de Assuntos Económicos, dominado quase em exclusivo pelo prolongamento condicionado da assistência à Grécia, o presidente do Eurogrupo fez também um ponto da situação dos países que já concluíram os respetivos resgates e que estão, atualmente, sob a chamada vigilância pós-programa, sublinhando os progressos que Irlanda e Portugal continuam a fazer.

“Em Portugal, o sentimento económico e as condições financeiras continuaram a melhorar. Uma política orçamental prudente e o caminho de reformas estão a ser prosseguidos. A competitividade melhorou e a procura externa subiu. As previsões económicas da Comissão Europeia apontam para uma retoma gradual da economia portuguesa e das finanças publicas, e para um decréscimo gradual do desemprego”, sintetizou.

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, considerou que há um “défice de perceção” da Comissão Europeia, que criticou o abrandamento das reformas em Portugal após a saída da ‘troika, e garantiu que “o ímpeto reformista” do Governo não abrandou.

No início de novembro, após a conclusão da primeira missão de monitorização pós-programa realizada em Portugal, Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI manifestaram “apreensão” com a diminuição considerável do ritmo de reformas estruturais em Portugal desde a saída da ‘troika’, ideia que foi sempre rejeitada pelo Governo português.

“Acho que há um défice de perceção e nós devemos esforçar-nos para persuadir as instituições de que, de facto, o ímpeto reformista não abrandou e que o Governo mantém a mesma determinação”, disse a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, quando compareceu, a 02 de dezembro passado, perante a mesma comissão de assuntos económicos e monetários, em Bruxelas.

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