Confrontado pelo PS sobre os “rumores encontrados na Internet” e a “demissão de negociação” por parte de Maria Luís Albuquerque na reunião da última sexta-feira do Eurogrupo, Bruno Maçães, secretário de Estado dos Assuntos Europeus, disse que Portugal manteve “posição de responsabilidade”, mas que também é importante que o país não faça parte da mesma discussão que a Grécia.

Ana Catarina Mendes, deputada do PS e próxima de António Costa, confrontou o secretário de Estado esta quarta-feira na comissão de Assuntos Europeus no Parlamento. A socialista disse mesmo que a posição de bom aluno, assumida por Portugal, levou o país “à desgraça” e foi colmatada por “rumores na Internet” sobre a posição portuguesa na reunião do Eurogrupo. Bruno Maçães respondeu que Portugal manteve “posição de responsabilidade” nas negociações e que a lista apresentada pelo Governo grego é “um passo positivo”.

“Foi possível conduzir um processo de diálogo com o governo grego, que está fora dos partidos que constituem o centro político europeu, o que mostra a forca de persuasão das instituições”, disse Maçães.

Já o CDS considera que “há uma linha que nos separa dos gregos”. “Portugal cumpriu, a Grécia não cumpriu”, afirmou Rui Barreto.

Segurança dentro e fora da Europa

Quanto à Ucrânia, Maçães disse que que é preciso ter uma visão “realista” do conflito e é preciso ser reconhecido que “o cessar-fogo foi violado”, havendo assim desrespeito pelo acordo de Minsk. “Faz parte deste realismo não abandonar Minsk nas primeiras dificuldades”, acrescentou também o secretário de Estado dizendo ainda que para já não está prevista qualquer ação “letal” por parte de Portugal.

No entanto, o PCP confrontou o governante, dizendo que a União Europeia tem dado apoio a um “governo que tem feito perseguições políticas”, numa referência à tentativa do governo ucraniano de tentar ilegalizar o Partido Comunista no país.

Sobre o terrorismo, Maçães disse que o Registo de Passageiros (NPR) que está a ser discutido na Comissão e no Parlamento Europeu deve ficar acordado “num prazo bastante rápido” e que a “radicalização não é um problema dos nossos vizinhos”, mas também dentro de fronteiras.

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