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A UEFA confirmou ao Observador que sugeriu o dia 23 de dezembro para a final do Mundial de 2022. FIFA diz que não haverá compensações financeiras às federações por alterarem calendário das provas.

Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA, disse que a entidade não pagará aos clubes ou federações por realizar o Mundial de 2022 em novembro e dezembro
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Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA, disse que a entidade não pagará aos clubes ou federações por realizar o Mundial de 2022 em novembro e dezembro

SEBASTIEN BOZON/AFP/Getty Images

Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA, disse que a entidade não pagará aos clubes ou federações por realizar o Mundial de 2022 em novembro e dezembro

SEBASTIEN BOZON/AFP/Getty Images

A receita para o Mundial de 2022 dar confusão está feita: dar a cozinha ao Qatar, colocar a panela a um lume demasiado alto (mais de 40.ºC), reajustar a temperatura para o inverno, servir o prato só um dia antes do Natal e não dar nada em troca aos afetados pela confeção da refeição. Na terça-feira, a FIFA anunciou que, pela primeira vez, um Campeonato do Mundo deverá realizar-se nos dois últimos meses do ano. Até já existe uma data em mente — de 19 de novembro a 23 de dezembro. O último dia até foi sugerido pela UEFA como possível data para se realizar a final da competição, como confirmou a entidade ao Observador.

Mas, pelos vistos, a FIFA não pretende dar nada em troca aos clubes e às federações que, com estas datas, terão de alterar o calendário das provas nacionais. Foi Jérôme Valcke a garanti-lo. “Não haverá compensações financeiras. Haverá sete anos para reorganizar as coisas. Não estamos a fazer nada que destrua o futebol”, disse o secretário-geral da entidade que gere o futebol internacional, esta quarta-feira, numa conferência realizada em Doha, no Qatar. “Não é perfeito, sabemos disso. Mas porque estamos a gritar e a dizer que não é possível?”, até questionou o dirigente, referindo-se, talvez, às queixas de Karl-Heinz Rummenigge.

O ex-craque alemão, vencedor de duas Bolas de Ouro no seu tempo (1980 e 1981), preside hoje à Associação Europeia de Clubes e, após saber das datas propostas pelo grupo de trabalho da FIFA (criado para debater soluções para o calendário das provas internacionais de 2018 e 2024), lamentou “as dificuldades” e a “desafiante tarefa” que, agora, as equipas terão de enfrentar. “Não se pode esperar que os clubes aguentem os custos deste reagendamento. Esperamos que sejam recompensados pelos danos que uma decisão final causará”, defendeu, em comunicado.

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Decisão que será tomada entre 19 e 20 de março, dias em que o Comité Executivo da FIFA reunirá para deliberar sobre as datas sugeridas pela task force — e que, aliás, também já foram apoiadas pela UEFA.

Pedro Pinto, chefe do gabinete de imprensa da organização que governa o futebol europeu, confirmou ao Observador que, “apesar de a UEFA e as associações nacionais preferirem que o Mundial de 2022 fosse realizado em janeiro”, a entidade sugeriu 23 de dezembro como data da final após “o grupo de trabalho recomendar” que a prova ocorra nos dois últimos meses do ano. “A UEFA não vê problemas de maior em reagendar as suas competições na época 2022/2023. O Mundial de 2022 poderá ser encurtado e, como consequência, o período de cedência de jogadores será reduzido”, explicara já a entidade, na terça-feira, via comunicado.

Os regulamentos da FIFA, contudo, já preveem que os clubes recebem compensações financeiras, consoante o número de jogadores que cedem às seleções participantes no Mundial. A entidade pagou 2.800 dólares, o equivalente a cerca de 2.460 euros, por cada dia que um jogador esteve ausente para a competição.

O Sporting da Covilhã, por exemplo, recebeu quase 50 mil euros por Alireza Haghighi (hoje no Penafiel), guarda-redes que foi convocado pelo Irão, treinado por Carlos Queiroz. No total, a FIFA gastou pouco mais de 61,5 milhões de euros para compensar os clubes que cederam jogadores às 32 seleções que participaram no Mundial de 2014, no Brasil. O FC Porto, clube que maiores proveitos retirou, em Portugal, da participação dos seus jogadores na competição, recebeu pouco mais de 458 mil euros.

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Daí que Jérôme Valcke tenha até chegado a questionar: “Porque haveremos de pedir desculpa aos clubes?” O secretário-geral da FIFA, depois, lembrou que em 2010, devido ao Mundial realizado na África do Sul, a entidade gastou 35,1 milhões de euros. “Sem dúvida que não sinto que deva pedir desculpa pela decisão, tomada ontem [terça-feira], de confirmar que o Mundial não será jogado no verão”, acrescentou Valcke.

A CNN, de resto, avançou que a FIFA lhe terá confirmado que um “pacote mais alargado” de compensações financeiras — pela troca da cedência de jogadores, não da alteração dos calendários das provas nacionais –, está a ser preparado para os Mundiais de 2018 e 2022.

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