Um grupo de investidores da Oak Finance, veículo criado pela Goldman Sachs que emprestou 835 milhões de dólares ao Banco Espírito Santo, instaurou esta quinta-feira uma ação executiva contra o Novo Banco nos tribunais ingleses. Em comunicado, o representante destes investidores acrescenta que será em breve instaurada uma ação administrativa nos tribunais nacionais contra o Banco de Portugal.

Entre estes investidores institucionais, que aplicaram fundos por conta de pensionistas, contribuintes e outros beneficiários, estão o fundo de pensões da Nova Zelândia, New Zealand Supperannuation Fund, bem como o ANDBank, Avenue Capital Group, Elliott Management Corporation, Karrick Ltd, Silver Point Capital, FFI Fund Ltd., Olifant Fund, Ltd. e TDCPensionskasse.

Estes investidores contestam a transferência do financiamento do Novo Banco para o BES, por decisão do Banco de Portugal anunciada em dezembro do ano passado. Recordando que em agosto de 2014, após a resolução do Banco Espírito Santo, o empréstimo da Oak Finance foi colocado no banco bom, o Novo Banco, estes clientes da Goldman Sachs, argumentam que a esta mudança foi “tomada com base em informação completa e incorreta”.

Em causa está a conclusão do regulador bancário, segundo a qual a Goldman Sachs era acionista qualificada do BES, com mais de 2% do capital, devendo por isso esta operação ser transferida para o banco mau (o BES). O banco americano contesta esta posição e garante que uma parte das ações que lhe é atribuída foi comprada em nome de clientes. Aliás, são agora os investidores da Oak Finance que aparecem a dar a cara pela contestação judicial desta transferência decidida pelo Banco de Portugal.

“Apesar de terem sido facultados ao Banco de Portugal factos que imporiam uma revogação da decisão de dezembro de 2014, o Banco de Portugal recusou-se a fazê-lo, ao invés remetendo este assunto para decisão pelos tribunais”, refere o comunicado.

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