É a verdadeira caça aos bugs informáticos e, também, um negócio rentável. O Facebook pagou mais de um milhão de euros em 2014 a todos aqueles que detetaram e relataram bugs no serviço prestado pela empresa norte-americana — 321 pessoas de 65 países reportaram falhas no ano transato, sendo que cada uma recebeu, em média, 1600 euros. Ao todo, a rede social já pagou cerca de 2,6 milhões de euros desde 2011 — altura em que o projeto arrancou — aos investigadores voluntários que aderiram ao programa de recompensas de bugs (“bug bounty program”, em inglês).

De acordo com um post publicado pela empresa na passada quarta-feira, os investigadores que dão conta das falhas de segurança encontram-se espalhados por um total de 123 países. O maior número de bugs chegou, em 2014, diretamente da Índia, com 196 ocorrências e uma média de recompensas a rondar os 1200 euros. À Índia seguem-se destinos como o Egito e os Estados Unidos da América — em segundo e terceiro lugar, com 81 e 61 bugs, respetivamente. O Reino Unido também entra para a equação, ocupando o quarto lugar e alcançando uma média de quase 2500 euros por 28 bugs.

Apenas é atribuída uma recompensa por cada falha de segurança e não existe um valor máximo especificado: “é atribuída a cada falha uma recompensa com base na sua gravidade e criatividade”, lê-se numa página no Facebook apostada a definir o modus operandi do programa. Apesar disso, há um valor mínimo definido, isto é, 500 dólares (440 euros). Apenas são pagas pessoas individuais, sendo que a página em questão explica exatamente como encontrar e relatar uma falha de segurança. Se seguidas todas as instruções, há uma forte probabilidade de pagamento.

Se os valores de 2014 foram bons, a expectativa para 2015 parece ser ainda maior. No mesmo post pode ler-se: “Estamos entusiasmados para ver o que 2015 nos reserva face ao programa de recompensas de bugs. O volume de relatórios está nos níveis mais elevados e os investigadores estão a encontrar melhores erros do que nunca. Já recebemos mais de 100 relatórios válidos desde o início do ano”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR