O líder de uma seita religiosa norte-americana, Victor Arden Barnard, de 53 anos, foi detido no Brasil para responder por 59 acusações de abuso sexual de menores, pelas quais era procurado pela Interpol, informou a polícia, citada pela imprensa.

A polícia deteve na sexta-feira, no litoral sul do Rio Grande do Norte, o norte-americano, que era procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), por suspeitas de crimes de abuso sexual cometidos entre 2000 e 2012, segundo o diário Globo.

O seu nome constava também na lista dos 15 indivíduos mais procurados pela agência US Marshal, organização policial norte-americana responsável pela busca e captura de fugitivos internacionais, acrescentou o diário.

Segundo o superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, Paulo Henrique Oliveira, citado pelo jornal, o acusado era procurado internacionalmente desde abril de 2014.

O norte-americano foi detido quando se encontrava numa casa dentro de um condomínio na praia de Pipa, município de Tibau do Sul, segundo fontes policiais.

Segundo o Globo, que cita a imprensa norte-americana, Victor Barnard começou a ser investigado em 2012 no estado norte-americano do Minesota, quando duas das suas seguidoras o resolveram denunciar por abusos sexuais sofridos desde os 12 e 13 anos, depois de se juntarem à igreja ‘River Road Fellowship’.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Segundo as autoridades, esta igreja é um desdobramento do ‘The Way International’, grupo que se autodenomina cristão.

Em julho de 2000, Barnard criou um grupo de jovens meninas designado “Maidens” ou “Alamote”, segundo a denúncia. O grupo, que tinha 50 membros, pregava que as meninas deveriam permanecer virgens e nunca casar.

De acordo com a denúncia, nessa altura, Barnard pregava que ele próprio representava “Jesus na carne” e que para ele era normal fazer sexo com suas seguidoras, argumentando que “Cristo tinha tido relações sexuais com Maria Madalena e com outras mulheres que o seguiam, assim como o rei Salomão tinha dormido com muitas concubinas”.