O ministro da Economia, instado a comentar a possibilidade de fusão entre o BCP e o BPI, disse que não via razão para se pronunciar enquanto ministro da Economia sobre as movimentações de duas empresas privadas. Pires de Lima, falando numa conferência dominada pela situação da economia angolana, optou por enfatizar que é positivo haver interesse em bancos portugueses por parte de operadores estrangeiros.

“Não tenho nenhum comentário particular sobre a OPA, o futuro deve ser decidido pelos acionistas, mas é sempre bom perceber que existe interesse de investimento em Portugal, isso é bom, mas relativamente aos futuros acionistas de empresas privadas, não vejo particular razão para o ministro da Economia dar a sua opinião”, disse Pires de Lima.

O ministro da Economia reconheceu que “dentro do universo da lusofonia, Angola tem uma prioridade importante” e salientou que “é natural e saudável haver investimentos angolanos em Portugal e também temos o desejo de que investimentos portugueses em Angola possam continuar a progredir e a afirmar-se de forma consistente e constante”.

Para melhorar a relação económica entre os dois países, o ministro anunciou que o Fórum Empresarial acontecerá na terceira semana de junho e que essa altura “marcará também o arranque operacional do observatório dos investimentos portugueses em Angola e investimentos angolanos em Portugal”.

O que se pretende, acrescentou o governante, “é que ao nível político se ajude a acelerar os processos de investimento de empresas portuguesas em Angola ou também de investidores angolanos em Portugal”.

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