A taxa de incidência do síndroma gripal na semana que terminou a 1 de março foi de 27,8 casos por cada 100.000 habitantes, bem menor do que na semana anterior (44 casos) e a taxa de admissão na rede de Unidades de Cuidados Intensivos também foi ligeiramente inferior à semana anterior. Perante esta tendência de decréscimo, o Instituto Ricardo Jorge (INSA) diz, no relatório desta quinta-feira, que a taxa de incidência se encontra “na zona de atividade basal, indiciando o fim provável do período epidémico”.

Desde o início da época e até ao dia 1 de março foram analisados 859 casos de síndroma gripal, 476 deram positivo três tipos de vírus influenza. E nesse mesmo período foram admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) 84 doentes com gripe, a maioria dos quais com influenza B.

O INSA refere que a maioria dos doentes que chegou aos cuidados intensivos não estava vacinado – “é conhecido o estado vacinal de 53 doentes, dos quais 8 (15,1%) estavam vacinados contra a gripe” – e que cerca de 80% dos doentes tinha doença crónica subjacente.

Até ao momento ocorreram 14 óbitos, tendo sido identificado o influenza B em 11 casos (78,6%) e o influenza A em três (21,4%).

De resto, a mortalidade por todas as causas de morte continua com valores acima do esperado, à semelhança, aliás, do que se tem observado noutros países como Inglaterra, Bélgica, Dinamarca, França, Irlanda do Norte, Holanda, Escócia, Espanha, Suíça e País de Gales.

E embora o Instituto não avance com nenhuma causa específica do aumento dos óbitos, refere que este pode estar “associado ao frio extremo, ao aumento da incidência das infeções respiratórias agudas e à atividade gripal”.

De frisar o número consecutivo de semanas, tendo início na última semana de novembro, com valores da temperatura mínima inferiores aos valores médios. Em dezembro, o valor médio mensal da temperatura mínima (3,65 °C) foi o mais baixo dos últimos 13 anos. E em janeiro de 2015 o valor médio mensal da temperatura mínima (2.87 °C) foi o segundo mais baixo, para o mês de janeiro, desde 2000.

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