“Bill Maris é um homem atípico com uma profissão atípica”, escreve a Bloomberg. Quarenta anos numa aparência de 19, um currículo que começa na neurociência e termina numa empresa de capital de risco, aquela que se junta a um dos nomes que revolucionou para sempre a internet, a Google. Próxima investida: viver para sempre. Não ele. Não a Google. Não a internet. Mas os seres humanos. Bill Maris quer investir na imortalidade.

Barba por fazer, ténis, uma t-shirt. E eis o homem que gere os dois mil milhões de dólares que a Google Ventures tem para investir em startups que acredita terem sucesso. Atualmente, são mais de 280. A vontade de Bill Maris não parece desenquadrada quando se olha para a prateleira de livros que compõem o seu escritório, conta a Bloomberg. “Se me perguntarem hoje se é possível viver até aos 500 anos, eu responso que sim”, disse Bill Maris em janeiro.

Livros de biotecnologia, uma coleção de ilustrações do físico alemão Fritz Kahn – que foi um dos primeiros a retratar o corpo humano como uma máquina – e um livro de 2005 que ajuda a desvendar o mistério que paira sobre a busca pela imortalidade: o livro de Ray Kurzweil “Singularity is Near: When Humans Transcend Biology“, onde Ray Kurzweil preveu que em 2045, a humanidade vai ter o seu momento à Arnold Schwarzenegger na série “O Exterminador” – ou seja, o momento em que o poder e a inteligência das máquinas vai deixar para segundo plano o homem.

Máquinas que substituem pessoas, que vão aumentar o ADN humano e alterar a forma como vivemos e morremos. “Vão libertar-nos das nossas limitações”, disse Maris. Apesar de ser algo assustador para alguns, para Maris é negócio. E é disso mesmo que ele anda à procura na próxima geração de empresas que vai mudar o mundo.

“Temos as ferramentas que nas ciências da vida que precisamos para alcançarmos tudo o que tivermos a audácia de imaginar. Só espero viver o suficiente para poder assistir”, disse.

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