Um grupo de ativistas tentou que o Facebook retirasse o estado “Estou a sentir-me gorda/o” por considerar que a expressão poderia contribuir para aumentar os distúrbios alimentares e conseguiu. O Facebook já reagiu com uma curta declaração, concordando em substituir “gordo/a” por “cheio/a”.

“Nós ouvimos da nossa comunidade que listar “sinto-me gorda” como opção de estado pode reforçar imagens corporais negativas, especialmente para aqueles que lutam contra transtornos alimentares. Por isso, vamos remover o “sinto-me gorda” da lista de opções. Continuaremos a ouvir os feedbacks, para podermos encontrar formas de ajudar-vos a expressarem-se via Facebook”, anunciou aquela rede social.

“Endangered Bodies” (Corpos em Perigo) é o nome do grupo que lançou uma campanha nas redes sociais. #fatisnotafeeling é a hashtag que dá mote a toda a ideia da campanha: “ser gordo/a não é um sentimento”. De acordo com os ativistas, o emoticon sorridente e inchado “contribui para a normalização do sentimento de ter vergonha do próprio corpo“.

A petição consegue assim chegar ao seu objetivo, levando o Facebook a eliminar essa atualização de estado. A versão norte-americana conta com mais de 16 mil assinaturas e foi lançada pela jovem Catherine Weingarten, de 24 anos, que teve desordens alimentares e que vê nesta campanha uma forma de lutar contra a normalização que ela própria sentiu. Ao Washington Post, a jovem lembrou como os seus colegas se gabavam de comer pouco. “A forma que tínhamos de falar uns com os outros. É culturalmente aceitável”, disse.

Catherine Weingarten, após saber do sucesso da sua causa, sente-se radiante: “Sinto-me tão feliz por saber que ajudei a eliminar uma forma de embaraço corporal”.

“Este sucesso só nos mostra que as pessoas unidas podem desafiar as mensagens culturais que causam tanto dano à nossa habilidade de nos amarmos e de vivermos confortáveis nos nossos corpos”, acrescentou a ativista.

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