As forças especiais malianas mataram um dos membros do comando que na semana passada realizou um atentado terrorista num restaurante de Bamako, frequentado por estrangeiros, que causou cinco mortes e uma dezena de feridos.

Segundo informaram hoje fontes de segurança à agência de notícias espanhola EFE, o homem não quis entregar-se ao exército, depois de ter sido colocado sob vigilância há vários dias.

As fontes asseguraram que o suspeito foi quem lançou as granadas contra o restaurante “La Terrasse”, onde se encontrava um grupo de militares portugueses, a partir de uma motocicleta.

As forças malianas confiscaram no local do confronto com o suspeito morto granadas idênticas às usadas no atentado.

O corpo do suspeito, um homem procedente do norte do Mali foi levado para o hospital de Bamako.

O exército continua à procura de outros cinco suspeitos que são membros do comando implicado no atentado de Bamako.

O atentado foi cometido no passado dia 06 de março, à noite, quando homens encapuzados entraram no restaurante “La Terrasse”, local situado num bairro frequentado por europeus, e começaram a disparar contra os clientes, causando cinco mortos (três malianos, um francês e um belga), além de ter feito uma dezena de feridos.

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Posteriormente, as granadas foram lançadas contra o estabelecimento.

O ato terrorista foi reivindicado pelo Moktar Belmokhtar, que lidera o grupo “Brigada dos homens do turbante” (Katiba el Mulethenum), uma fação do movimento terrorista Al-Qaeda do Magreb Islâmico, muito presente no Sahel.

Um grupo de militares portugueses estava no restaurante em Bamako, revelou uma fonte das Forças Armadas, adiantando que apenas um dos portugueses sofreu ferimentos ligeiros devido a uma queda.

A força da ONU no Mali integra atualmente 47 militares portugueses, que se encontram no país desde janeiro numa missão militar com a duração de quatro meses.

O objetivo da missão é apoiar a população em questões relacionadas com o transporte de cargas, com o reabastecimento de víveres e apoio sanitário.