A solidariedade dos países europeus para com a Grécia “tem limites”, afirma Miro Cerar. O primeiro-ministro esloveno reconhece que a Grécia está “numa situação muito difícil”, mas lembra que “o nosso povo também está sujeito a medidas de austeridade”.

“Estamos a fazer tudo o que podemos para reduzir o nosso défice público, para consolidar as finanças públicas”, diz Miro Cerar, numa entrevista em Liubliana, citada pela Bloomberg. “É por esta razão que não podemos ir demasiado longe no tema da solidariedade, porque seria um mau sinal para os nossos cidadãos, para os nossos contribuintes”, atirou o primeiro-ministro esloveno.

Miro Cerar admite que a Europa mostre “flexibilidade em termos de prazos” e que sejam feitos “alguns possíveis ajustes” ao programa de resgate. “Mas o enquadramento básico das regras da União Europeia tem de ser respeitado por todos os países”, afirmou Miro Cerar, adiantando que “esperamos da Grécia que esta mostre que é capaz e que tem vontade de fazer reformas estruturais muito importantes”.

A Eslovénia, um país com cerca de dois milhões de habitantes, é um país que contribui para as garantias para o fundo europeu que em 2012 participou no empréstimo de 240 mil milhões de euros à Grécia. O país por pouco teve, também, de pedir resgate em 2013 quando injetou 3,2 mil milhões de euros nos principais bancos e avançou com um plano de venda de ativos estatais e empresas públicas e corte na despesa pública.

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