A MSC anunciou que decidiu suspender todas as escalas na Tunísia, que estavam programadas até ao final da temporada de Verão 2015, na sequência do ataque ao Museu Nacional do Bardo, em Tunes, na Tunísia, esta quarta-feira. A Costa Croisières também já tinha avançado que ia suspender todas as escalas que passam pelo porto de Tunes.

Doze pessoas (dois colombianos, três franceses, três japoneses, dois espanhóis, um britânico e um belga) que viajavam a bordo do navio MSC Splendida, da MSC Cruzeiros, morreram esta quarta-feira. Treze pessoas ficaram feridas, sendo que dois se encontram em estado grave, avançou a empresa em comunicado.

Os dois espanhóis que foram encontrados escondidos num gabinete do museu faziam parte dos passageiros do MSC Splendida. A empreza de cruzeiros informou que Cristina Rubio Benlloch e Juan Carlos Sanchez Oltra estão ambos a são e salvo. A mulher, grávida, foi transportada para o hospital, onde permaneceu em observação.  

“Infelizmente, os atos assassinos de quem esteve por trás deste devastador ataque terão efeitos extensos e profundamente danosos para a Tunísia democrática e para a sua vacilante economia. Nesta altura, o país não se pode dar ao luxo de ser considerado zona interdita, mas lamentavelmente será assim que os turistas a verão”, disse Pierfrancesco Vago, presidente executivo da MSC Cruises.

As alternativas de escala também foram anunciadas pela empresa. O navio MSC Splendida fará escala em La Valleta, Malta; o MSC Fantasia fará em Palma de Maiorca, na ilha de Maiorca; o MSC Preziosa fará escala em Cagliari, na Sardenha; e o MSC Divina fará em La Valletta em Malta.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O presidente avançou que Tunes é um destino chave para a empresa e que espera ser capaz de restaurar os itinerários em tempo oportuno. “Quero agradecer pessoalmente às autoridades tunisinas pela maneira como abordaram esta situação excecionalmente desafiante, e por nos terem permitido implementar o nosso próprio plano de resposta de forma eficaz”, disse.

A empresa tem escritório em Portugal, mas os cruzeiros que passam por Lisboa não fazem escala em Tunes, segundo a empresa. Regra geral, os portugueses que querem fazer a rota que passa pelo Mediterrâneo embarcam no porto de Barcelona.

O navio MSC Splendida tinha chegado ao porto de La Goulette, em Tunis, com 3714 passageiros e 1267 tripulantes a bordo. Quando chega a Tunes, a MSC Cruzeiros coloca à disposição dos hóspedes uma excursão para visitar o Museu Nacional do Bardo. Esta quarta-feira, não foi exceção. O presidente da Tunísia avançou que o país estava “em guerra com o terrorismo”.

Alerta de segurança a bordo subiu para o nível mais elevado

O navio da companhia deixou a Tunísia na manhã desta quinta-feira, às 06 horas, depois de ter recebido autorização para deixar o porto. A chegada a Barcelona está prevista para as 9 horas de sexta-feira, 20 de março. Contudo, os representantes da empresa permanecem no local com a equipa de emergência, para continuar a prestar assistência em terra aos passageiros envolvidos no ataque terrorista.

O presidente executivo da empresa, Pierfrancesco Vago, chega a Tunes esta quinta-feira para avaliar a situação, reunir-se com autoridades locais e prestar assistência às pessoas afetadas, informou a empresa em comunicado oficial.

Quando se soube do ataque, a empresa pediu o cancelamento imediato de todas as excursões previstas em terra e o recolher de todos os autocarros turísticos, com respetivos passageiros. O alerta de segurança a bordo subiu para o mais elevado, ativando o protocolo de emergência, anunciou a empresa.

O ataque ao Museu Nacional do Bardo fez 23 mortos e mais de 40 feridos feridos, segundo a Fox News . Ao início da tarde de quarta-feira, a polícia abateu dois dos atacantes, Yassine Laabidi e Hatem Khachnaoui, e libertou os reféns do museu. O ataque ainda não foi reivindicado, mas a chefe da diplomacia europeia, Frederica Mogherini, avançou que a culpa era do Estado Islâmico.

*Artigo atualizado às 19h24 do dia 19 de março, com informação sobre a suspensão das escalas da MSC Cruzeiros