As piranhas são dos animais mais temidos do mundo. Como não? Peixes com dentes afiados, omnívoros, capazes de devorar uma vaca em poucos segundos (quando em cardume) metem medo a qualquer pessoa, especialmente a nadadores e mergulhadores nas águas da América Central e do Sul. Apesar do perigo que parece constituir, a piranha é também um animal injustiçado, pois não é tão perigoso quanto normalmente se julga. A menos que seja estes pedaços de carne:

Este vídeo foi captado no Brasil e colocado no YouTube na sexta-feira passada, tendo já sido visto mais de quatro milhões de vezes. A National Geographic viu-o e decidiu explicar porque é que, apesar da ferocidade que as piranhas demonstram nesta situação, não é preciso ter assim tanto medo delas. Segundo Zeb Hogan, biólogo que colabora com a revista, as piranhas raramente são uma ameaça real para o ser humano – e a prová-lo estão as muitas pessoas que já nadaram no meio de cardumes do peixe e saíram sem um arranhão.

Mas, alerta o especialista, “as piranhas podem ser perigosas se estiverem presas numa represa sem comida, ou se estiverem concentradas num qualquer sítio e tiverem fome”. Outra coisa que tende a aumentar a agressividade das piranhas é serem alimentadas regularmente, acrescenta Hogan, que garante: “Já nadei dezenas de vezes em rios com muitas piranhas e nunca fui mordido”.

Os ataques de piranhas a animais estão bastante documentados. Desde a vaca que Theodore Roosevelt viu ser comida em poucos segundos às garças que a National Geographic também já filmou a desaparecerem rapidamente, as piranhas são animais potencialmente perigosos mas igualmente muito importantes para o equilíbrio ecológico das zonas onde se encontram. Pelo sim pelo não, talvez o melhor seja manter-se longe.

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