Quando Ryan Hammons tinha quatro anos costumava ter pesadelos durante a noite que o atormentavam por se assemelharem tanto à realidade. Um ano mais tarde, o menino americano confessou-se à sua mãe, Cindy: “Mamã, tenho de te dizer uma coisa. Antes, eu era outra pessoa”. E assim Ryan revelou ter sido um ator de Hollywood até ter reencarnado. A história está contada no ABC.
Os pais duvidaram de imediato. Julgaram que os relatos de Ryan só podiam ser fruto da imaginação fértil de um miúdo de cinco anos. Mas as histórias do filho continham tanto pormenor e tanta precisão que Cindy e o seu marido decidiram dar importância ao que dizia o menino.
Quando encontraram a fotografia do dito ator, “tudo mudou”, conta a mãe. Ao folhear um livro sobre Hollywood numa biblioteca, a família deparou-se com uma imagem de um espetáculo de 1932 chamado “Noite Após Noite”. Ryan afirmou: “Este sou eu, este é quem eu era”.
Um documentalista identificou o ator como sendo Marty Martyn, que depois das telas se tornou agente de algumas estrelas de Hollywood até morrer, em 1964.
A história de Ryan surge poucos dias depois dos relatos de Luke Ruehlman, também ele um menino de cinco anos, que afirma ter sido uma mulher afro-americana no passado. Diz ter-se chamado Pam Robinson e ter morrido num incêndio no Hotel Paxton de Chicago há 21 anos.
“Eu era Pam, mas depois morri. Subi ao céu e vi Deus. Ele mandou-me regressar e então despertei. Era um bebé quando me chamaste de Luke”, diz o menino louro de olhos claros que aos dois anos já dizia aos pais que tinha tido a pele escura e usava brincos.
À semelhança da mãe de Ryan, também a de Luke decidiu investigar a história que o filho contava. E descobriu que Pamela Robinson existiu mesmo e que de facto morreu ao saltar de uma janela do hotel mencionado pelo filho para não se queimar nas chamas.
Ao conversar com a família da mulher, percebeu até que os gostos musicais do filho coincidiam com os de Pam. Mas de um momento para o outro, Luke deixou de conversar sobre o assunto. Deixou de ter memórias da vida passada que dizia ter: “Foi como se ela o tivesse deixado”, descreve a mãe.
Luke e a mãe relataram a sua história ao programa “Um fantasma dentro do meu filho”, transmitido pela Lifetime Movie Network. Os testes que a equipa fez a Luke bateram todos certo e a família afirma que não está a receber dinheiro ao contar a história.
O programa de televisão (que também passa no TLC) revela experiências de famílias cujos filhos dizem ter vivido no passado e morrido de forma violenta, até terem renascido num bebé. “Estas crianças estão a viver memórias e experiências reais… que pertencem a um outro alguém”, sintetiza o site de “Um fantasma dentro do meu filho”.
Andrew é outra criança que afirma ter tido uma vida passada. Segundo o menino, na sua outra reencarnação trabalhou na Marinha dos Estados Unidos da América e morreu durante a explosão de uma bomba a 23 de outubro de 1983 em Beirut, no Líbano. Agora, o pai de Andrew de quatro anos está em busca de respostas.
Segundo a mãe, Andrew costumava chorar compulsivamente, perguntando à mãe porque é que ela o tinha deixado morrer no fogo. Quando a equipa do programa começou a investigar o caso, Andrew foi levado até uma campa. Retirou as flores e subiu para cima dela. Depois correu até uma outra e disse: “Ele era meu amigo”. Mas a família não chegou até ao fim da investigação, falando em alguns fenómenos sobrenaturais que terão ocorrido em sua casa.
Outro caso é protagonizado por Shane, que aos dois anos se tornou obcecado por armas e demonstrou vontade em entrar na vida militar. Os pesadelos que o atormentavam à noite e os detalhes de uma vida anterior puseram a família em alerta: ele teria sido um jovem de 14 anos que morreu fuzilado durante uma guerra. Também Taylor dizia ser capaz de ver espíritos. Começou depois a afirmar ter sido um homem do século XVIII que foi morto antes de terminar de escrever uma carta importante.
Estas são apenas algumas das dezenas de histórias que o programa revela. Muitos defendem que “Um Fantasma dentro do meu filho” é uma fraude.