O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, demitiu os chefes da polícia de Tunes e do Bardo devido a “várias lacunas” na proteção do bairro do museu, cinco dias depois do atentado em que morreram 21 pessoas.

“Essid realizou uma visita ontem (domingo) à noite (ao bairro do museu) e viu várias lacunas. Decidiu por isso demitir um determinado número de responsáveis, incluindo o chefe da polícia de Tunes e o chefe da polícia do Bardo”, anunciou Mofdi Mssedi, do gabinete de comunicação do primeiro-ministro.

Segundo Mssedi, citado pela agência France Presse, os responsáveis foram demitidos durante a visita que o primeiro-ministro fez ao bairro e os respetivos sucessores nomeados rapidamente.

Essid, que foi ministro do Interior em 2011, após a revolução que pôs fim ao regime de Zine Ben Ali, já tinha afirmado que o ataque no Museu Nacional do Bardo evidenciou falhas de segurança graves.

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O museu, o mais prestigiado do país e localizado ao lado do Parlamento, não beneficia de uma proteção policial específica.

O ataque de quarta-feira, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, foi perpetrado por dois homens armados com ‘kalashnikovs’ que abriram fogo contra dezenas de turistas estrangeiros.

No total, 20 turistas estrangeiros e um polícia tunisino morreram, além dos dois atacantes, que foram mortos pela polícia.