A EPAL – Grupo Águas de Portugal registou um resultado líquido positivo de 54 milhões de euros em 2014, de acordo com o relatório e contas do exercício do ano passado, aprovado em assembleia-geral nesta segunda-feira. De acordo com a informação facultada à agência Lusa, o resultado registado em 2014 é “o melhor dos 147 anos de história da empresa” e compara com o lucro de 40 milhões de euros de 2013.

“O excelente desempenho económico conseguido em 2014 foi alcançado, apesar da redução do volume de negócios em 1,1 milhões de euros (-0,8%) pois, em resultado da implementação de políticas de gestão orientadas para o rigor, eficiência e otimização, foi conseguida uma redução de gastos de 9,5 milhões de euros (-10%) face ao ano anterior”, destaca o Grupo em comunicado. Para este resultado contribuíram ainda cerca de 8,2 milhões de euros de resultados líquidos não recorrentes.

Os custos com fornecimentos e serviços externos (FSE) registaram uma diminuição de 3 milhões de euros (-9,5%), alcançando-se, no mandato de 2012 a 2014, uma redução de custos com FSE de 17%. Em 2014 foi ainda registado um aumento do investimento que atingiu cerca de 16 milhões de euros, “centrando-se essencialmente no reforço da garantia da fiabilidade e segurança do sistema de abastecimento”, refere a EPAL. O endividamento reduziu-se 18 milhões de euros, representando uma diminuição de 9% face a 2013, verificando-se uma redução de 22% (menos 52 milhões) no mandato.

A EPAL acentua, no comunicado, que a eficiência alcançada tem permitido oferecer soluções de apoio aos consumidores como o Tarifário Social para famílias mais carenciadas da cidade de Lisboa, o qual prevê descontos que podem ir até aos 74%, e o Tarifário Familiar, destinado a agregados familiares com cinco ou mais pessoas. A assembleia-geral aprovou igualmente o lançamento da campanha “poupe até 10%”, que incentiva a utilização da fatura eletrónica e do débito direto.

A administração da EPAL – Grupo Águas de Portugal aprovou, ainda, uma proposta para a manutenção dos preços da água em 2015, disse fonte oficial à Lusa. A proposta hoje aprovada em assembleia-geral será agora enviada para a Direção-Geral das Atividades Económicas (DGAE) e, posteriormente, para a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), que terão de decidir se viabilizam, ou não, a sugestão do Grupo. A administração da EPAL propõe, assim, “que não haja aumentos para 2015, mantendo-se os preços atuais”, referiu a mesma fonte.

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