O vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa informou hoje que estão a ser estudadas hipóteses para o prolongamento da linha do Metro até Alcântara, mas que ainda não se sabe onde ficará localizada a estação.

De acordo com o vereador Manuel Salgado, a primeira hipótese para que o Metro abranja a zona de Alcântara é “ser na linha vermelha”, ligando “São Sebastião da Pedreira, Campolide, Amoreiras, Campo de Ourique, o vale de Alcântara e a estação que hoje já não funciona do Alvito velho”.

Para além disso, há outra alternativa que assenta no “prolongamento [do Metro] do Cais do Sodré a Santos e depois ir até Alcântara”, indicou o responsável pelo Urbanismo do município.

Manuel Salgado disse ainda haver uma terceira hipótese, “que é compatível com o parque de estacionamento” a ser criado na Avenida Infante Santo, mas não especificou qual o seu trajeto.

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Em janeiro, a Empark divulgou a construção (por um período de 18 meses) de um parque de estacionamento subterrâneo, com 220 lugares, na Avenida Infante Santo, do qual fará a gestão e exploração. Na altura, a empresa indicou estar em causa um investimento de quatro milhões de euros por parte desta empresa e do Hospital CUF Infante Santo (pertencente à José de Mello Saúde).

O tema foi levado à reunião camarária de hoje pela vereadora social-democrata Alexandra Barreiras Duarte, que questionou também qual “a localização exata da futura estação”, ao que Salgado respondeu não existir ainda um local definido.

A intenção de ligar o Cais do Sodré a Santos e São Sebastião a Alcântara já tinha sido anunciada pelo Metropolitano de Lisboa em junho de 2011, altura que a empresa esclareceu, numa nota enviada à agência Lusa, que estas estações faziam parte do plano de expansão que necessitava de estudos de sustentabilidade e de ser aprovado pela tutela.

Na reunião, Alexandra Barreiras Duarte abordou também “as anomalias recorrentes” nos semáforos da cidade. Face a isto, o presidente da autarquia, António Costa, admitiu o “incumprimento por parte da Siemens [que faz a manutenção dos semáforos] das obrigações contratuais”, pelo que o município teve de intervir junto da empresa.

“A informação que tenho dos serviços é a de que a situação está completamente ultrapassada”, adiantou.

Na ocasião, foi também aprovada por unanimidade uma moção do vereador do CDS-PP, João Gonçalves Pereira, para que sejam reforçados os avisadores sonoros nas passadeiras da cidade, nomeadamente junto às saídas dos transportes, o que implica a elaboração de um levantamento por parte da Direção Municipal de Mobilidade e Transportes.

Foi ainda aprovada, com os votos contra do PSD e CDS-PP, uma moção dos vereadores comunistas Carlos Moura e João Ferreira para manifestar oposição ao novo regime jurídico dos transportes públicos que, segundo aqueles autarcas, “terá impactos devastadores” no funcionamento dos municípios e nas condições de vida dos utilizadores.

Falando ainda na reorganização do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa, o comunista João Ferreira criticou o fecho do museu do regimento. Neste contexto, o vice-presidente, Fernando Medina, informou que a Câmara está em negociações com a Carris para a localização deste museu junto ao Museu da Carris, em Alcântara.