A Amazon está a testar o novo serviço de entrega via drone numa área secreta do Canadá, depois de o governo Americano ter recusado responder ao pedido para testar os protótipos no espaço aéreo de Washington DC.

O novo serviço pretende entregar os produtos à porta dos clientes 30 minutos após a compra, através de um drone. O aparelho, que pesa 24 quilos, transportaria objetos que pesem até 3 quilos, voando 16 quilómetros (ou mais) a 25 m/s. O robô navegaria acima dos 60 metros, onde os prédios estão, e abaixo dos 152 metros, onde os aviões circulam. Esta nova maneira de entrega iria acelerar 86% das distribuições dos gigantes do comércio online.

A Amazon começou a testar os drones algures no Canadá, após rápida aprovação do Governo canadense, para avançar o mais depressa possível com este revolucionário novo método de distribuição. O Guardian visitou a área de testes e descreveu a equipa da Amazon como sendo formada por “formidáveis engenheiros de software, aeronautas e pioneiros em sensores remotos”, incluindo um astronauta da NASA e um designer da Boeing. Têm estado a aperfeiçoar a capacidade dos drones detetarem obstáculos, permanecendo estáveis a qualquer nível de vento e sem causar impacto na natureza.

“Achamos que esta nova tecnologia vai trazer inúmeros benefícios aos nossos clientes. Cremos que eles (e a sociedade em geral) vão adorar. Porquê esperar?”, afirmou Paul Misener, o vice-presidente da política pública global da Amazon, que viu ser negado o pedido ao Governo americano para testar os drones no espaço aéreo de Washington.

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Em julho de 2014, a Amazon pediu uma isenção que iria permitir iniciar de imediato os testes. Oito meses depois, a Administração Federal de Aviação (FAA) não respondeu. “A América tem guiado o mundo no desenvolvimento da aviação. Mas pela primeira vez na história, corremos o risco de perder essa vantagem. Um exemplo disso está na forma como o Governo Americano força uma das suas companhias mais inovadoras, a Amazon, sair do país.”, desabafou Brendan Schulman, um especialista norte-americano em direito de drones.

A FAA disse ao Guardian que a lentidão de aprovação deve-se à análise rígida que faz às propostas. “Tudo o que fazemos é a pensar na segurança”, justificou o porta-voz da FAA. “As regras dos outros países podem acelerar a aprovação de certas leis.”, rebateu o porta-voz da FAA, que não acredita que os drones possam voar autonomamente sem riscos.