O governo da Birmânia e 16 guerrilhas de minorias étnicas alcançaram um princípio de acordo para um cessar-fogo em todo o país, como passo prévio no início das negociações de paz, informou hoje a imprensa estatal.

O comité de trabalho para a paz do governo e representantes dos grupos armados acordaram um projeto que deverá ser ratificado por cada minoria antes da assinatura do documento numa cerimónia ainda sem data marcada, segundo o diário Global New Light of Myanmar.

O acordo foi classificado como “um primeiro passo na rota para o diálogo político” por U Nai Hong Sar, um dos líderes do Conselho Federal das Nacionalidades de Birmânia, restabelecido em 2010.

O início das negociações de paz está previsto 90 dias depois da ratificação do projeto.

Governo e minorias alcançaram o acordo esta noite, na sétima ronda de negociações que duraram dois anos, enquanto continuam os intensos combates no nordeste do país entre o exército e as guerrilhas kachin e kokang, que não participaram no diálogo.

A Birmânia, depois de quase meio século governada por generais, começou em 2011 um período de reformas políticas, económicas e sociais, e a negociar a paz com os exércitos das minorias.

Uma maior autonomia é a reivindicação principal de quase todas as minorias étnicas birmanesas, que incluem os shan, karen, rakhine, mon, chin, kackhin, kayah e kokang, e representam mais de 30% dos 53 milhões de habitantes do país.

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