Foram revelados os primeiros esboços daquele que se poderá tornar no hotel mais alto do mundo, com 381 metros de altura. As imagens foram publicadas pelo jornal britânico The Telegraph esta terça-feira. O arranha-céus está projetado para a região suíça de Vals e terá 107 quartos, um spa, restaurantes, sky bar, piscina, biblioteca, salão de festas e uma galeria de arte. Uma noite quase a tocar no céu alpino poderá custar entre 930 e 22 mil euros.

A fachada do edifício é revestida de espelhos, num estilo ” minimalista que oferece aos espetadores uma perspetiva espelhada, refratada da paisagem”, afirma o vencedor do prémio arquitetónico Pritzker, Thom Mayne, que lidera o estúdio Morphosis Architects, sediado nos Estados Unidos, responsável pela elaboração do projeto.

Com conclusão prevista para 2019, o edifício pode-se tornar no mais alto do mundo na qualidade de hotel, ofuscando assim o atual detentor do recorde, o JW Marriott Marquis no Dubai.

Mas existe também neste projeto, uma ligação ao Dubai: Remo Stoffel, o empreendedor suíço impulsionador do projeto e detentor do Vals spa, é também o diretor do escritório da empresa Farnek no Dubai, que presta serviços de consultoria nas áreas da energia e sustentabilidade. “Viajo para o Dubai regularmente e fico sempre espantado com a rapidez com que a cidade cresce e com o que já alcançou”, disse Stoffel segundo o The Telegraph, afirmando que as paisagens do Dubai o inspiraram para este empreendimento.

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Contudo, a torre cujo custo previsto ronda os 186 milhões de euros, tem sido alvo de críticas.

“Arranha-céus nos Alpes são um absurdo”, disse Vittorio Lampugnani, professor de arquitetura no Federal Institute of Technology (ETH) em Zurique, Suíça, no início deste mês. O académico acrescentou que não há necessidade de acomodar as pessoas num espaço tão estreito nas montanhas.

Outros garantem tratar-se de “marketing”, como Benedict Loderer, um crítico de arquitetura que não acredita que o projeto se venha a concretizar.

A construção do hotel ainda necessita de permissão de planeamento antes de poder avançar. Segundo o funcionamento do sistema suíço de democracia direta, o projeto será proposto numa votação aos cidadãos locais no outono deste ano, e apenas avançará se for aprovado.