Um estudo do Children’s Hospital de Los Angeles, nos EUA, concluiu que pode haver uma relação próxima entre a exposição à poluição por parte de grávidas e casos de crianças com problemas cognitivos. Hiperatividade, um coeficiente de inteligência baixa, ansiedade ou depressão são algumas das consequências, relata a Quartz.

O elemento crucial que está na fonte desta correlação são os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, poluentes que perduram quando alguns materiais orgânicos não são queimados até ao fim. Há várias situações em que o ser humano é exposto a este tipo poluição: pode vir de carros ou de outros meios de transporte, de carvão queimado, fumo de cigarros ou dos fogos florestais, ou até quando um pedaço de carne branca ou vermelha fica queimado.

O estudo começou em 1998 e terminou em 2006. Entre uma altura e outra, 600 grávidas nova-iorquinas, afro-americanas e dominicanas usaram aparelhos portáteis de medição da poluição durante dois dias. O estudo foi feito quando as mulheres já estavam no último trimestre de gestação.

Analisados os dados, foi possível perceber que havia uma correlação entre uma maior exposição a hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e a ocorrência de malformações no cérebro das crianças, entre os sete e os nove anos. 40 tinham a substância branca do lado esquerdo do cérebro subdesenvolvida. Esta parte do sistema nervoso é responsável por controlar a linguagem e a capacidade cognitiva.

“Estas crianças tendem a ser irrequietas, hiperativas e muito impulsivas, e por isso agem antes de verem a situação”, disse Dr. Bradley Peterson, autor do estudo, ao Los Angeles Times.

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