Os moradores das ilhas barreira da Ria Formosa realizam hoje uma marcha lenta de barco entre Faro e Olhão, no segundo protesto numa semana em defesa dessa zona húmida algarvia e contra as demolições de habitações.

Convocado pelas Associações de Moradores dos núcleos habitacionais da Culatra, Hangares e Farol, o protesto tem início marcado para as 10:00, no cais das Portas do Mar, em Faro, seguirá pela Ria Formosa até aos cais das três zonas residenciais e terminará em Olhão, onde está prevista uma concentração contra as demolições de cerca de 800 habitações decidida pelo Ministério do Ambiente.

As Associações da Culatra, Hangares e Farol criticam a atuação do Ministério do Ambiente, “que em vez de dar prioridade a obras necessárias e urgentes para valorização da Ria Formosa e das populações locais, como o desassoreamento de canais, dragagem das barras e travar a poluição, opta pela destruição dos núcleos históricos consolidados”.

Já no último sábado, as três associações de moradores contestara a intervenção que está a ser realizada pelo Ministério do Ambiente e pela Pólis para “renaturalização” da Ria Formosa, que prevê a demolição de habitações consideradas ilegais nas ilhas barreira.

O protesto contou com mais de uma centena de veículos, que concluíram uma marcha na praia de Faro, zona onde também estão previstas mais de uma centena de demolições de casas que não são consideradas primeira residência, mas que as associações asseguram deixar famílias sem alternativas para morar.

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