Militantes da organização ecologista Greenpeace ocuparam uma plataforma petrolífera da Shell, que estava em viagem para o Oceano Ártico, para alertar para os perigos da exploração de hidrocarbonetos, indicou fonte daquela organização não-governamental.
Seis ativistas da organização de defesa do ambiente subiram para a plataforma, de 38 mil toneladas, chamada “Polar Pioneer”, quando se encontrava no Oceano Pacífico, a 1.200 quilómetros a oeste do Havai, utilizando barcos pneumáticos, a partir de um navio da Greenpeace, o “Esperanza””.
Os seis militantes, provenientes dos EUA, Alemanha, Nova Zelândia, Austrália, Suécia e Áustria, têm mantimentos para vários dias e podem comunicar com o mundo exterior, adiantou a Greenpeace, em comunicado.
“Conseguimos! Estamos na plataforma da Shell. E não estamos sozinhos. Todos podem ajudar a transformar esta numa plataforma a favor do poder para o povo”, afirmou uma das participantes, Aliyah Field, em mensagem divulgada através da rede social Twitter.
We made it! We're on Shell's platform. And we're not alone. Everyone can help turn this into a platform for people power! #TheCrossing.
— Aliyah Field (@aliyahfield) April 6, 2015
Outro participante, o neozelandês Johno Smith, da mesma forma, afirmou: “Estamos aqui para sublinhar que em menos de 100 dias a Shell vai estar no (Oceano) Ártico para pesquisar petróleo”.
Smith acrescentou que “este ambiente imaculado tem necessidade de ser protegido para as gerações futuras e para todos os seres vivos que aí vão viver”, contrapondo que “em vez disto, a Shell (prevê) beneficiar da fusão dos gelos para aumentar este desastre causado pelo homem”.
Uma porta-voz da Shell, Kelly Op de Weegh, confirmou à AFP que “manifestantes da Greenpeace embarcaram ilegalmente na “Polar Pionner”, que está contratada pela Shell, colocando em perigo não apenas a segurança da tripulação como a dos próprios manifestantes”.
Kelly Op de Weegh disse também que “a Shell reuniu-se com organizações e indivíduos que se opõem à exploração petrolífera no Alasca [Estado dos EUA]”, acrescentando que, apesar de “respeitar o ponto de vista” destes e “valorizar o diálogo”, a Shell “não vai tolerar o emprego de táticas ilegais utilizadas pela Greenpeace ou permitir que estas a distraiam dos preparativos em cursos para realizar um programa de exploração seguro e responsável”.