O secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, disse esta noite, no Porto, que o túnel do Marão deverá abrir em março, acrescentando que na obra foi poupado “cerca de mil milhões de euros”.

“A obra está a seguir para ficar concluída até ao final deste ano e estar ao serviço das pessoas a partir de março de 2016 (…). [Uma obra] com uma poupança que, comparada com o contrato de PPP [parcerias público-privadas] anterior, representa cerca de mil milhões de euros a menos de despesa”, disse o governante.

Sérgio Humberto falava na conferência “As Reformas nos Transportes, Infraestruturas e Comunicações”, iniciativa da Distrital do Porto dos Trabalhadores Social Democratas que foi marcada sobretudo pela discussão em volta das concessões de transportes, nomeadamente da Metro do Porto e da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).

O secretário de Estado aproveitou também para falar da fusão das Estradas de Portugal com a REFER, Rede Ferroviária Nacional, apontando como principal objetivo para esta medida “obrigar o Estado a pensar qual é a decisão mais racional de investimento”.

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“Não temos de andar a fazer competição entre a estrada e o caminho-de-ferro (…). Vamos ter uma única empresa em infraestruturas de Portugal, que é a maior empresa do país em volume de ativos. Maior do que a Portugal Telecom, maior do que a EDP e maior do que a Galp”, disse Sérgio Monteiro.

“Como estavam, estavam totalmente falidas. Nós estamos a construir uma solução para rentabilizar ao máximo os ativos e de duas empresas falidas, fazer uma empresa que tenha futuro para si, para os seus trabalhadores e para o país”, acrescentou.

Já em matéria de investimentos na área portuária, reconhecendo que o porto de Leixões “está próximo da sua capacidade limite”, situação pela qual a respetiva administração avançou com a construção de uma plataforma logística, Sérgio Monteiro disse que o Governo tem a intenção de lançar um segundo terminal de carga, avançando que o investimento deverá ser “totalmente privado”.

Numa sessão com um longo período dedicado a perguntas e respostas, o secretário de Estado falou ainda, entre outros temas, dos processos de privatização da ANA, dos CTT e da TAP, bem como do programa de o transporte a pedido designado de “Portugal Porta-a-Porta”.