Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Moises Naim, pensador venezuelano autor do ‘best-seller’ “The End of Power” (2013), José Ramos-Horta, ex-presidente timorense e Nobel da Paz, e José Manuel Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, são outros dos nomes hoje anunciados em conferência de imprensa em Lisboa.

Na apresentação do programa, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, e o diretor-executivo das Conferências do Estoril, Milton Sousa, sublinharam que o objetivo das Conferências continua a ser promover uma discussão aberta, baseada no confronto de perspetivas contrastantes, por forma a encontrar respostas locais para problemas globais.

“Olhar para as diferenças de perspetiva como algo positivo e complementar” para ter uma “visão mais holística e mais global” das grandes questões mundiais, disse o autarca.

Para Carlos Carreiras, o fórum pretende “fazer a ponte entre o fórum económico de Davos e o fórum social de Porto Alegre”.

Um dos temas em debate vão ser as novas formas de poder e democracia, para o que foi nomeadamente convidado Rickard Falkvinge, fundador e primeiro líder do Partido Pirata da Suécia.

O diálogo entre religiões, com o crescimento do extremismo como pano de fundo, vai ser debatido pelo cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, o imã da Mesquita de Lisboa, David Munir, e pelo reitor do seminário rabínico latino-americano, Abraham Skorka, conhecido como “o rabi do papa” pela amizade e diálogo de décadas com o papa Francisco.

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As relações entre economia, empresas e sociedade vão ser abordadas em debates em que participam nomeadamente o antigo diretor da Amnistia Internacional Jack Healey e a investigadora e ativista antiglobalização indiana Vandana Shiva, além de uma conferência de Gunter Pauli, fundador do Clube de Roma e apelidado pela imprensa internacional “Steve Jobs da sustentabilidade”.

Do programa consta também uma entrevista com a jornalista Elizabeth Wahl, correspondente em Washington da televisão russa RT que se demitiu em direto em março de 2014 recusando a linha editorial da televisão, que considerou “branquear” a intervenção da Rússia na Crimeia.

Francis Fukuyama, vencedor do prémio Estoril Global Issues Distinguished Book Prize 2015 pelo livro “Ordem Política e Decadência Política – Da Revolução Industrial à Globalização da Democracia”, discursará nas Conferências.

O outro prémio, o Estoril Local Answers Award, vai distinguir este ano a associação Aporvela, que forma jovens no treino de mar e vela com o objetivo de promover a ligação das pessoas ao mar.