A edição número 13 do Festival Vilar de Mouros foi cancelada. O motivo apresentado foi a “incapacidade de organização”, acusação feita à Associação dos Amigos dos Autistas (AMA) por parte de presidente da Câmara Municipal de Caminha, Miguel Alves, em declarações feitas à Agência Lusa citadas pela TSF.

O político afirmou que a “falta de experiência da instituição” resultou na “dificuldade em cumprir o protocolo” que foi assinado há dois anos, pouco tempo antes das eleições autárquicas e que era válido até 2017. O documento previa que a AMA entregasse 20 mil euros de compensações financeiras à junta de freguesia, um valor que podia mesmo aumentar conforme decorresse a venda de bilhetes.

A AMA justifica o incumprimento do acordo com “o fracasso da edição de 2014”, onde estiveram apenas 3 mil pessoas no primeiro dia do festival, segundo noticiou o Público no verão passado. Ainda assim, Miguel Alves ressalva que “a Câmara e a Junta estão em perfeita sintonia e empenhadas em trazer para Vilar de Mouros uma organização com experiência e credibilidade”.

A primeira edição do festival aconteceu em 1971 e incluiu nomes sonantes, como o de Elton John. Trinta mil pessoas de todo o mundo invadiram a vila nortenha para assistir ao “Woodstock português”. Apesar do sucesso, o evento só voltou em 1982, 1996 e no período entre 1999 e 2006. Em 2007, o festival também foi cancelado por desacordo entre os parceiros organizadores. O Festival Vilar de Mouros 2015 estava marcado para acontecer entre 31 de julho e 1 de agosto.

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