Para Gabriela Canavilhas, Manuel Maria Carrilho está “marcado com o estigma da barbárie e da crueldade”, sendo considerado pelos portugueses como “o símbolo do político sem respeitabilidade pública” e, por isso, deve ser expulso do partido. A antiga ministra e atual deputada do PS diz ainda que o pedido de expulsão de Sócrates por parte de Carrilho é típico de um “abusador” e que o ex-ministro ajudou à derrota do PS nas legislativas de 2011.

“Se se exige a um político que tenha o pagamento de taxas e taxinhas em dia, quase desde o berço, porque não se exige que tenha um comportamento limpo de acusações de violência doméstica?”, escreve Gabriela Canavilhas sobre Manuel Maria Carrilho esta quarta-feira num artigo de opinião no Diário de Notícias. A deputada recorre às acusações de violência doméstica que recaem sobre o antigo ministro para rebater o pedido que este fez ao partido na semana passada que visava a expulsão de José Sócrates.

“Quanto a expulsões do Partido Socialista, faria muito mais sentido a expulsão do próprio Manuel Maria Carrilho do PS, por, de forma continuada, este militante, ex-dirigente, ex-ministro, ex-deputado, ex-embaixador na UNESCO, ex-candidato à Câmara de Lisboa a convite de José Sócrates, ter apelado, ativamente, contra o voto no PS, o partido que lhe deu nome, projeção e estatuto, durante a campanha eleitoral para as legislativas de 2011”, defende Gabriela Canavilhas, acrescentando ainda que as declarações de Carrilho significam uma “vingança mesquinha” e “sede de ribalta perdida”.

Pouco tempo depois do pedido de expulsão de Sócrates por parte de Carrilho, também Isabel Moreira veio criticar publicamente esta declarações dizendo na sua página de Facebook que a “opinião arrotada [a de Manuel Maria Carrilho] não traz qualquer embaraço para o PS mas para quem a arrota”. Canavilhas remata: “O PS não precisa de alguém assim”.

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