O presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, informou esta quarta-feira a comissão parlamentar dos transportes do parlamento alemão de que a companhia tenciona diferenciar as indemnizações aos familiares das vítimas do acidente nos Alpes, fazendo depender o montante da nacionalidade de cada um dos que morreu.

A ideia da companhia aérea dona da Germanwings, segundo o El Mundo, é guiar-se pela legislação vigente em cada um dos países de origem das 150 pessoas que morreram no passado dia 24 de março, na sequência da queda do avião da Germanwings nos Alpes franceses, e é essa a proposta que levará à mesa de negociações. Segundo o CEO da Germanwings, há pelo menos 18 nacionalidades diferentes entre as vítimas.

Do outro lado da mesa, o representante legal de pelo menos 21 famílias das vítimas, Elmar Giemulla, apresentará um pedido de indemnização de cerca de um milhão de euros por cada um dos mortos, independentemente da sua nacionalidade. Elmar Giemulla já disse que caso as negociações com a companhia aérea não cheguem a bom porto, apresentará uma queixa conjunta nos Estados Unidos, onde este tipo de pedidos de indemnização por danos podem ser mais vantajosos para os lesados. Nos EUA os tribunais reconhecem o direito a compensação por danos emocionais.

As últimas notícias em torno desta matéria davam conta de que as seguradoras já estavam a colocar de parte cerca de 276,5 milhões de euros para pagar indemnizações às famílias das 150 pessoas.

As investigações em torno da queda do airbus 320 prosseguem e poderão levar ainda tempo, sendo que os investigadores acreditam ter sido o copiloto, Andreas Lubitz, com antecedentes de depressão, que conduziu deliberadamente o avião contra as montanhas.

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