Os trabalhadores da fábrica da Renault Cacia vão voltar à greve nos dias 7 e 14 de maio, reivindicando aumentos salariais e o fim da precariedade dos contratos, anunciou esta quarta-feira a comissão de trabalhadores.

“Na ausência de uma resposta positiva por parte da administração às suas revindicações”, os trabalhadores aprovaram os dias 7 e 14 de maio para regressarem à greve, em plenários realizados em todos os turnos.

A comissão de trabalhadores sustenta que a greve se deve à inflexibilidade negocial por parte da atual direção da empresa: “esta é uma luta onde não queríamos estar e queríamos ter chegado a um acordo, como sempre foi habitual na história desta empresa, mas infelizmente com esta atual administração foi impossível”.

Os trabalhadores da Renault Cacia já haviam realizado uma greve no dia 01, em todos os horários, por aumentos de salários e contra o “abuso” de vínculos precários.

Segundo a comissão de trabalhadores, o grupo Renault “alcançou todos os seus objetivos no ano de 2014, sobre os quais a Fábrica de Cacia é parte integrante, mas ao contrário do que sucedeu com as regalias dos quadros superiores, a maioria dos trabalhadores não teve direito a um aumento salarial condigno, apesar de todo o sacrifício exigido”.

Desde o dia 1 de abril, data da primeira greve, a comissão de trabalhadores afirma que “não houve nenhuma vontade da administração em chegar a um consenso”, pelo que os trabalhadores “não vão desistir de lutar pelos seus direitos”.

Com 1016 trabalhadores, a fábrica da Renault Cacia, em Aveiro, que exporta caixas de velocidade e componentes de motor para diversos modelos da Renault, registou em 2014 um aumento do volume de negócios de 35%.

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