Karla (nome fictício) tinha 12 anos quando se apaixonou por um homem sete anos mais velho que ela. O amor proibido deu-lhe coragem para sair de casa, no México, e ficar com o rapaz. Mas nunca imaginou que aquele homem que lhe fazia juras de amor estivesse a arrastá-la para uma rede de prostituição.

O ABC conta a história da menina. Ao longo de quatro anos, Karla foi obrigada a manter relações sexuais com mais de 43 mil homens. Os proxenetas forçavam-na a deitar-se com pelo menos 30 homens por dia, alguns deles polícias. Os proxenetas é que faziam as cobranças: seis euros por cada serviço. Nenhum desse dinheiro era entregue a Karla. Ela engravidou por duas vezes, mas foi sempre obrigada a abortar.

Além do tormento em que vivia, Karla recorda outros casos que viu parecidos com o seu. Como o das meninas de oito anos que, antes de atingirem a maturidade física, eram operadas para ficarem com seios maiores. Passavam por esse processo antes de serem enviadas para as ruas.

Ao fim de quatro anos presa na rede de prostituição, Karla conseguiu fugir. Agora, com 22 anos, deixa que a história sirva de lição às jovens mulheres e luta para que se tomem medidas preventivas contra o perigo da prostituição.

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