O presidente da TAP, Fernando Pinto, disse esta, sexta-feira, que a greve em si não é um objetivo e acredita que ninguém quer que a mesma aconteça, avançando que o diálogo com o sindicato tem ocorrido num “ótimo ambiente”.

“A impressão que tenho, e é uma opinião pessoal, é de que ambos os lados querem que não aconteça a greve. Da minha parte posso dizer que com certeza, mas da parte dos sindicatos também. O objetivo não é fazer greve”, afirmou o presidente da TAP.

A uma semana do início da greve de 10 dias marcada pelo sindicato dos pilotos da aviação civil, prosseguem as reuniões com os pilotos para “informá-los exatamente de uma série de itens e dados da empresa para que tenham consciência de todas as informações e possam assim tomar uma decisão”, explicou o presidente da TAP, em declarações aos jornalistas em Belém, depois de ter reunido com o Presidente da República, acrescentando que, “ao mesmo tempo que estamos a informar os pilotos, estamos a falar com o sindicato para chegar a um acordo e os próprios dirigentes do sindicato participaram das reuniões de esclarecimento”.

“Acho que há de todos os lados uma preocupação com o bem da empresa e principalmente com o passageiro”, disse Fernando Pinto.

Aliás, a prestação do serviço ao cliente é a principal preocupação do administrador. “Não podemos deixar o cliente numa situação em que ele é obrigado a procurar outra empresa”, defendeu. Quando aos prejuízos totais desta greve, já contabilizados pela TAP em cerca de 70 milhões de euros, e pelo sindicato em 30 milhões, Fernando Pinto recusou-se a comentar essa diferença de valores dizendo apenas que ambos “são valores de extrema importância” e acrescentou que mesmo que a greve seja desconvocada há prejuízos que são incontornáveis “porque os passageiros procuraram outras companhias e muitas vezes cancelam voos”.

Questionado sobre a decisão do Governo de não decretar, desta vez, a requisição civil, Fernando Pinto respondeu que não pode “mudar uma decisão do governo”, frisando porém que esta situação que se vive “é algo que temos quase que obrigação de resolver dentro da própria empresa”.

 

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