Oito reclusos do estabelecimento prisional de Castelo Branco, que foram hospitalizados este domingo com sintomas de intoxicação, correm perigo de vida, informou o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco.

“O estado é grave, sendo imprevisível o seu desenvolvimento durante algumas horas. É evidente que correm perigo de vida”, disse o presidente da ULS de Castelo Branco, Vieira Pires.

Tanto a SIC Noticias como a TVI estão a avançar com a indicação de que os reclusos tomaram “ketamina”, um anestésico forte utilizado na medicina veterinária, conhecido como “tranquilizante de cavalo”. Porém, da parte do hospital ainda não há confirmação de qual a substância que causou a intoxicação e paragem cardio-respiratória.

Questionado sobre o tipo de substâncias que causaram esta intoxicação, o diretor clínico do Hospital Amato Lusitano (HAL), Rui Filipe, explicou que, neste momento, “de modo sério e profissional, não se pode confirmar que foi a ketamina. Não podemos excluir que existam outras drogas associadas”. O responsável adiantou que foram feitas análises no laboratório do hospital, cujo resultado foi “positivo para cannabis e benzodiazepinas”. “O resto foi para os laboratórios competentes”.

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“Todos correm perigo de vida. Dos oito [reclusos] há cinco mais instáveis, mas todos eles estão em estado crítico”, disse o responsável do HAL.

 

Os oito reclusos são todos do sexo masculino e têm idades entre os 24 e 53 anos e estão todos a ser acompanhados pelos cuidados intensivos.

Entretanto a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) já informou que a hospitalização dos oito reclusos da prisão de Castelo Branco será averiguada para apuramento do tipo e modo de entrada da substância ilícita que os afetou.

Segundo o documento, hoje, ao princípio da tarde, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi chamado ao Estabelecimento Prisional de Castelo Branco e transportou oito reclusos, “que apresentavam sinais de doença súbita, resultante do consumo de uma substância ilícita, presumivelmente ‘ketamina'”.