“Deus queira que na TAP não aconteça o que aconteceu noutros países da União Europeia, em que as companhias foram forçadas a cortar nas rotas. Pelas informações de que disponho, temo que algo semelhante possa acontecer em Portugal”, afirmou esta quinta-feira o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, à margem de uma visita ao comando conjunto para operações militares da NATO, em Oeiras.

Cavaco comentava assim a greve de 10 dias na TAP, que arranca nesta sexta-feira. Segundo o Presidente, “praticamente tudo já foi dito”, mas que “há um mau conhecimento generalizado de que a TAP pode caminhar para uma situação extremamente difícil, que gostaria que não acontecesse”. “Não há mais nada a dizer aos pilotos”, disse.

“Não vejo que haja qualquer coisa que eu possa acrescentar. Não posso, neste momento, ter ilusões [de que a greve possa ser suspensa]. Espero que não ocorra na TAP o que aconteceu noutros países. Deus queira que isso não aconteça”, completou.

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, juntou-se ao apelo do Presidente. À margem de uma visita à Ovibeja, declarou que “o país inteiro censura aquilo que é um abuso”.

“A TAP é uma grande companhia e marca muito importante para Portugal. Faço um apelo, pensem no país, pensem no turismo, pensem na economia, pensem na vossa empresa, não contribuam para a destruir. Fazer 10 dias de greve num mês dá cabo da tesouraria de uma empresa”, defendeu.

 

 

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