O maior banco francês foi condenado esta sexta-feira a pagar 8 mil milhões de euros à administração norte-americana, depois de se ter dado como culpado na transação de capitais de cidadãos nacionais de países como o Irão, Cuba ou Sudão – países impedidos de investir na economia norte-americana devido à imposição de sanções. Esta é a maior multa paga por um banco a um Estado.

O BNP Paribas e o Departamento de Justiça norte-americano passaram o último ano a negociar os termos deste acordo, dado que o banco esteve mesmo em risco de poder deixar de negociar em dólares devido às infrações internacionais que cometeu. O banco fica também obrigado a reforçar a transparência nos seus processos, ficando sob atenção especial do Departamento de Estado nos próximos cinco anos.

O banco foi acusado de agir como o banco central sudanês nos Estados Unidos, ocultando os seus clientes finais às autoridades norte-americanas, tal como acontecia noutros casos em que as nacionalidades dos clientes os impediam de investir naquele país. Os Estados Unidos têm sanções económicas contra o Sudão, o Irão e Cuba e o BNP Paribas admitiu ter clientes destas nacionalidades com investimentos no país – e estará a preparar a reserva deste dinheiro há cerca de um ano.

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