As negociações entre a Grécia e os credores internacionais permanecem mergulhadas num impasse, mas a maioria dos cidadãos gregos prefere que o país permaneça na zona euro, mesmo que tenha de aplicar um novo acordo de ajustamento, à possibilidade de se regressar ao dracma. Este é um dos resultados de uma sondagem realizada pela Universidade da Macedónia, citada pelo Greek Reporter, que foi realizada depois de governantes gregos, incluindo o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, terem declarado que poderia realizar-se um referendo sobre um novo acordo e a manutenção da Grécia entre o clube de 19 países que partilham a mesma moeda.

O estudo revela que 55,5% dos inquiridos prefere o “euro acompanhado de um novo memorando” ao “dracma com uma política independente”, situação que é apoiada por 35% da população. À pergunta mais genérica que visou saber apenas se os cidadãos gregos eram favoráveis à permanência na zona euro ou se preferiam voltar à antiga moeda do país, 66,5% manifestaram-se a favor da moeda única europeia, enquanto apenas 27% se declararam adeptos do dracma.

Mesmo entre os votantes no Syriza, uma maioria de 53,5% prefere o euro. A percentagem daqueles que querem que a Grécia se mantenha na região da moeda única sobe para 92,5% entre aqueles que apoiam a Nova Democracia, o segundo maior partido do país, é de 50% entre os votantes na extrema-direita do Aurora Dourada e de 100% entre os apoiantes do Potamos e do Pasok.

Os resultados são diferentes quando estão em causa os cidadãos que votam no partido comunista e nos Gregos Independentes, que estão no poder, atualmente, em coligação com o Syriza. Mais de 63% dos comunistas pretendem que o país regresse ao dracma, a mesma percentagem de votantes dos Gregos Independentes que se manifesta a favor da antiga moeda. Na avaliação do estado da economia, 52% referiram que está pior do que há um ano, enquanto 43,5% acreditam que está na mesma e 4,5% dizem que está melhor.

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