A chuva de meteoros η Aquáridas, que teve início em meados de maio, continua até ao final do mês (dia 28), mas está num dos seus períodos menos ativos e é muito difícil de ver, informa o Observatório Astronómico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Para o final do mês preveem-se outras chuvas de estrelas – Ariétidas e ζ Perseidas.

Quando a Terra cruza a órbita do cometa Halley acaba por receber as poeiras e partículas do rasto que deixou em 1986, da última vez que passou perto da Terra. Estes pedaços rochosos são meteoros que quando entram na atmosfera terrestre ficam incandescentes e provocam o fenómeno que chamamos de chuva de estrelas cadentes.

Aquáridas, a chuva de meteoros do Halley, deve o nome à constelação de onde parecem surgir os meteoros – a constelação Aquário. Esta constelação só nasce, este mês, às 3 horas da manhã, por isso só a partir dessa hora se poderiam tentar ver as η Aquáridas, mas com um máximo de 40 meteoros por hora na noite de dia 6 (menos ainda nos restantes dias), não será um espetáculo fácil de identificar.

“Em finais de maio têm inicio as chuvas de meteoros das Ariétidas e das ζ Perseidas que serão essencialmente diurnas, visíveis a partir das primeiras horas da manhã” refere o Observatório Astronómico de Lisboa. É provável que comecem a aparecer cerca de uma hora antes do amanhecer, porque ambas as constelações, Carneiro e Perseu, se encontram próximas do Sol no mapa do céu noturno. Estas duas chuvas de meteoros só foram descobertas em 1947, provavelmente por serem chuvas diurnas.

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@ Andreia Reisinho Costa

Vénus continua a ser a “estrela da tarde”, o ponto mais brilhante no céu no fim da tarde, que surge antes de qualquer estrela. Este mês de maio vai aparecer a noroeste. A oeste vai aparecer Mercúrio, visível aquando o crepúsculo civil até meados de maio.

Já Júpiter e Saturno serão visíveis durante grande parte da noite. Um na zona da constelação Caranguejo, outro na constelação Balança. No céu matutino podem ver-se Úrano, na constelação Peixes, e Neptuno, na constelação Aquário, mas apenas por quem tiver telescópio.

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@ Andreia Reisinho Costa

Todos os meses a Lua realiza uma órbita completa à volta completa da Terra demorando 27,3 dias na translação. Para voltar à mesma fase, a Lua demora 29,5 dias, no chamado mês sinódico. O tempo de rotação da Lua – o tempo que leva a girar sobre si própria – também é igual ao período de translação (27,3 dias), por isso é que a partir da Terra vemos sempre o mesmo lado da Lua.